domingo, 21 de junho de 2015

Força do grupo

O indivíduo, para Durkheim, é um elemento residual da sociedade. Isto porque a sua “individualidade” nada mais é do que a modelação do organismo social no qual este está inserido, devendo, para tanto, se comportar com as mútuas expectativas de seu meio. Caso ao contrário, instituições ou práticas sociais se fazem instrumentos de ordenamento.

Assim, o medo do ser e presenciar o diferente são uma constante, pois está incutido nas pessoas um senso de sobrevivência coletiva que possui um padrão para manter o status quo. Porém, quando os indivíduos se reúnem, formando grupos, a capacidade de agir se modifica, pois a consciência geral é diferente da individual, e não uma soma desta última.

É possível ver essa situação em diferentes ocasiões do cotidiano, principalmente em manifestações em que atos vandalismo são presenciados, ou em partidas de futebol em que os torcedores se despojam dum lado mais formal e assumem comportamentos temperamentais que se fazem pelo movimento do grupo.


Desse modo, é interessante analisar que “cada um é arrastado por todos” (As Regras do Método Sociológico, Durkheim) graças à energia social envolta o grupo e como isso é utilizado por outros autores como Marx na frase célebre “trabalhadores do mundo, uni-vos!”, assim adquirindo peso maior na luta da classe operária. Além, também, de como a sociedade se faz um organismo vivo em que se adapta aos tempos, mesmo vestindo outras roupagens em fatos sociais para que esse órgão entre em “homeostase”.

Gabriel G. Zanetti - noturno

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