domingo, 21 de junho de 2015

A funcionalidade e a singularidade do indivíduo

                Émile Durkheim, francês nascido na segunda metade do século XIX, foi um grande contribuidor para a Sociologia, sendo influenciado pelos positivistas Comte e Spencer. Uma de suas principais contribuições é a teoria sobre o funcionalismo, conceito que busca a explicação dos fenômenos sociais, considerando cada indivíduo com um papel essencial para o funcionamento da sociedade.

                 Os fenômenos sociais - maneiras de agir, costumes e situações vivenciados em determinadas sociedades são, para Durkheim, frutos da causa eficiente, que seria o propósito do indivíduo em seu grupo. Após a análise da causa eficiente, investiga-se a utilidade social.

                A função ou utilidade social pode ser exemplificada pela divisão do trabalho, em que há a necessidade de especializar-se as tarefas dos indivíduos, de modo a obter uma maior produção pela demanda de uma sociedade maior e mais complexa. Foi o que teorizou Henry Ford no começo dos anos 90, com o Fordismo, sistema de produção em massa que concretizou a teoria durkheimiana.

                Um dos tópicos mais importantes do funcionalismo de Durkheim é a existência de uma consciência coletiva, que não seria as consciências individuais juntas, mas uma consciência única formada pelo grupo como um todo. O indivíduo teria, em sua visão, uma forma de agir e pensar que ele a consideraria como individual, mas que resulta, na verdade, da organização coletiva.  


                Dessa falta de individualidade humana é que derivam as principais críticas a Durkheim. O homem, apesar de influenciado pelo meio, de ser integrante da sociedade, possui particularidades que não devem ser ignoradas. Apesar da função exercida por dois indivíduos em uma mesma sociedade ser a mesma, cada um apresenta singularidades que os diferem e merecem ser reconhecidas.

Letícia Solia
1º ano - Direito diurno

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