domingo, 14 de junho de 2015

“Cada um é arrastado por todos”

            Desde o primeiro sopro de vida, o ser humano é imerso em uma realidade muito maior a ele mesmo. Junto com aquele novo ser, ainda indiferente às adversidades que lhe rondam, às mazelas sociais, às fraquezas e dificuldades que existem e perduram em todo canto e recanto ao redor do mundo; junto com a mais pura da inocência, vista em forma de vida precoce humana, encontram-se mais vários bilhões que compõe essa teia de relações chamada sociedade. Haveria, então, nesse sistema, espaço para o individual sobressair-se ao coletivo?
            Com o decorrer dos anos, aquele indivíduo, ainda virtuoso, é inserido ao meio social gradativamente. A educação surge, por conseguinte, com um papel significativo na formação de cada pessoa. São impostos a ele, desde os mais breve anos, visões e comportamentos: regras são coagidas, e, pouco ao pouco, são interiorizadas. O ser social é forjado. Assim é resumido o social; uma rede de condicionalidade que cria e impõe aos seres humanos formas de conduta.
            Os laços de interdependência alimentam, então, a máquina coletiva. Os fatos sociais, tão difíceis de serem conceituados no preto e branco, convivem em meio a homens, mulheres, crianças, idosos, a todo tempo. São contínuos. Traduzem-se a todas ações humanas – fixas ou não – que, mesmo expressas no indivíduo, estão situados na dimensão da sociedade. Estas regras sociais que moldam todo o agir do ser humano: uma vez a elas acomodadas, conferem a impressão de que alguns sentimentos têm finalidade individual.
            Para além do positivismo, tem-se, portanto, um estado da alma coletiva. Tem-se a sociedade ultrapassando os limites elaborados pela individualidade.
Isabelle Elias Franco de Almeida
1˚ ano, direito (noturno)  aula 05

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