domingo, 14 de junho de 2015

A subjugação da individualidae



A sociologia é a construção de uma ideia  a partir da realidade observada e a filosofia   a construção da realidade a partir de uma ideia formada. Durkeheim, e Comte abraçam a sociologia. Apesar de Comte ter complementado  o método científico de Descartes aplicando-o às ciências sociais e humanas,,o fez de maneira tendenciosa considerando valores preestabelecidos  e sua história, assim reporta-se a Émile Durkheim a introdução da sociologia nas linhas acadêmicas.Para este, fato social é matéria prima das ciências sociais, ninguém pode constituí-lo, apenas operacionalizá-lo.Este, como recurso metodológico,  deve ser analisado como coisa , com a necessidade de afastar o observador do objeto de análise ,para não contaminar sua pesquisa.
Dessa forma não há como feministas analisarem o comportamento da maioria da sociedades do Oriente Médio.,nem alcunhá-los de opressores machistas.Não há como analisar tais sociedades, orientadas pelo Corão ou pela Sina, com “olhos ocidentais”, nem mesmo a ocidentalizada sociedade japonesa, baseada ainda na ultra tradicional sociedade patriarcal. Qualquer análise comparativa ao ocidente, seria  se aproximar do  olhar positivista de Comte, baseado em ordens e conceitos preestabelecidos.
Também contrariando Comte, Durkheim rejeita a ideia de sujeitos com  papéis sociais estáticos; havendo  uma intensa modificação entre eles  e  tal  dinâmica seria  imprescindível  para o equilíbrio da sociedade  .Esta  está acima do indivíduo,;habita a individualidade um espaço muito restrito. Todo  comportamento individual é gerado por um padrão social imposto, com isso a memória individual é residual,pois quase que a totalidade da história e lembranças  do indivíduo está relacionada  ao social.
Segundo o autor, as pessoas pouco se guiam por sua individualidade, são influenciadas pelo padrão social, não se comportando da mesma forma  em coletividade  quando sozinhas na intimidade de seu espaço.A sociedade impõe esse padrão comportamental e o indivíduo o acata como forma de aceitação.Disso decorrem os modismos, os falsos princípios, comportamentos violentos e as famosas massas de manobra. Inúmeros são exemplos, como o corintiano ,com familiar palmeirense, que, junto à sua torcida organizada ,ataca um palmeirense na rua  no embalo do seu grupo.Outro exemplo seria  o gay católico que, na parada gay ,hostiliza e ironiza símbolos  católicos e o católico  gay que durante a missa aplaude  às críticas do pregador ao homossexualismo. Obviamente não há um só tipo de comportamento social  , mas todas suas variações  estão padronizadas  em função das várias coletividades que formam a sociedade.
O indivíduo perde sua personalidade em prol do coletivo. Aquele que se opõe ao padrão social imposto, sofre suas  conseqüências punitivas ,características de qualquer regime ditatorial, sendo marginalizado ou hostilizado.Alguns procuram , no suicídio, não só um alívio da pressão social, como também a  liberdade d’alma com sacrifício do seu corpo.A maioria, entretanto, obsessivamente ,procura seguir os padrões sociais e subjugar sua individualidade aos padrões sociais impostos por seu grupo.

Émile Durkheim- Regras do Método Sociológo
Direito Noturno- Eduardo S Guercia

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