domingo, 31 de maio de 2015

Somos todos iguais

No período de construção da Sociologia, Émile Durkheim surge para estabelecer regras para a ciência, a fim de proporcionar a ela o status que outras áreas do conhecimento já possuíam. Para isso, preocupou-se em desenvolver um método e um objeto de estudo, como evidenciado em sua obra mais famosa “As regras do método sociológico”, de 1895.
Durkheim propõe, como objeto de estudo da sociologia, os “fatos sociais”. Estes consistem em aquilo que é relevante, que expressa a influência que o coletivo exerce sobre o indivíduo.  É possível reconhece-lo pela sua maneira de coerção, sua exterioridade (anterior ao indivíduo em si) e generalidade (se aplica a todos, em geral).
Para entendermos a tamanha importância dada aos fatos sociais, podemos pensar nos nossos comportamentos diários. Porque não vimos pessoas com roupas simples, casuais em eventos considerados mais finos? Porque não comemos sem o uso de talheres? Porque obedecemos às leis sem questioná-las? São inúmeros exemplos. Em todas nossas ações, praticamente, vivenciamos fatos sociais.
 Apesar de não existir uma norma que impeça de realizar tais atitudes, nossa consciência nos impõe essa “proibição”, é algo errado. Estamos todos fadados a seguir o mesmo padrão, já pré-estabelecido pela nossa sociedade extremamente preconceituosa e conservadora.  É proibido expressar a individualidade, uma personalidade “diferente”, quem se opor a isso estará fadado ao isolamento social.

Fernando Augusto Risso
Direito - diurno

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