segunda-feira, 25 de maio de 2015

O suicídio na sociedade contemporânea

A crítica de Durkheim ao sistema capitalista industrial em seu livro "O Suicídio", é mais atual do que em qualquer outra época. A noção de que o individualismo exarcebado e a pressão para que sejamos bem sucedidos são a chave para entendermos as mazelas da sociedade
Se mostrou revolucionária na época do livro, em fins de século XIX.
Mesmo após 100 anos da observação de Durkheim, a taxa de suicídios não pára de aumentar. Em sua tese, Durkheim discorre sobre cinco principais questões que estariam levando às pessoas a esse fato social, e a principal causa seria a ruptura extremada dos valores e condições tradicionais das pessoas em relação ao antigo estilo de vida e à natureza. Essa mudança de paradigma na vida das pessoas, representado pela adoção de horários bem definidos, o trabalho exaustivo nas indústrias, as condições de vida precárias nos cortiços urbanos e o ambiente de competição selvagem, levaria-as a um desgosto tão enraizado que levaria as pessoas a tirarem a própria vida.
Em nossa sociedade pós-industrial, cerca de 800 mil pessoas se suicidam todos os anos. Vivendo em condições bem melhores daquelas vistas no século  XIX, as pessoas hoje continuam tirando a própria vida em taxas alarmantes. Para Durkheim, além das condições de vida, os comportamentos derivados do capitalismo, como o individualismo, seriam uma causa para tal fato social. Tal fato pode ser observado nas sociedades orientais contemporâneas, onde jovens que não obtém sucesso em entrar na universidade tiram a própria vida

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