segunda-feira, 18 de maio de 2015

             August Comte e o imperialismo e  neocolonialismo do séc XIX e XX

August Comte é o sucessor cronológico de pensadores como Francis Bacon e Descartes e, tal como eles em suas teorias, continua elevando a razão em detrimento de outras qualidades do ser humano.
            No entanto, sua teoria foi extremamente influenciada pela força que a corrente biológica possuía na época, em grande parte devido à teoria de Charles Darwin (a evolução por meio da seleção natural das espécies); tanto que a sua tese tem como um de seus pontos principais a lei dos três estados da sociedade.
            Esses estados – teológico, metafísico, positivo - são estágios pela qual uma sociedade se encontra ou se encontrará futuramente, e são definidos de acordo com a relação que esta desenvolve com o metafisico (mais especificamente, o quanto a crença no mítico, Deus e espíritos, influencia na explicação de fenômenos), sendo necessariamente, cada estagio uma evolução em relação ao anterior – daí a relação com Darwin-.
A sociedade atingiria seu ápice quando se tornasse positiva (o esclarecimento da natureza e seus fatos explicados pela ciência). Ele utiliza como modelo para tanto a sociedade industrial burguesa europeia – revelando o caráter eurocêntrico do pensador.
Esse conceito de que determinadas sociedades são mais desenvolvidas – e consequentemente mais evoluídas – do que outras foi base para a argumentação utilizada no neocolonialismo/imperialismo do século XIX e XX. As potencias capitalistas emergentes da época, numa espécie de missão civilizatória, levariam a ciência, o desenvolvimento, as luzes às colônias (África e Ásia, por exemplo).

É claro que, faz-se necessário ressaltar que essa ideologia foi utilizada para esconder o caráter exploratório desse processo, além de claro, deixar a margem, quase que deslegitimando a cultura, religião e organização política dessas regiões exploradas.

Ana Paula De Mari Pereira                1ºano Direito - Matutino

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