domingo, 23 de março de 2014

Tratado do Método

Até meados do século XVI a escolástica era o pensamento crítico predominante na cultura ocidental.Embasava-se na filosofia grega,notadamente aristotélica,buscava responder às exigências da fé cristã e fortificar os valores e preceitos da cristandade, sob a ótica da dialética.

 Contudo,na primeira metade do século quinhentista, René Descartes rompeu com a camada conceitual da escolástica ao edificar um sistema próprio, concebido por meio da dúvida, do questionamento criterioso e da razão. Em sua obra maior, Discurso do Método, Descartes lança as bases do seu pensamento filosófico, e, para tanto, define e descreve seu método utilizado como instrumento perscrutador do conhecimento.

O ceticismo metodológico cartesiano não só põe em xeque os preceitos da filosofia e metodologia clássica, como, também, constitui ferramenta funcional e criteriosa na procura de conhecimento verídico a partir das ciências. Assim, propicia espaço e  método para a torrente de pesquisadores científicos que estavam a surgir e que, posteriormente, definiriam a ciência moderna.

É válido salientar que apesar da importância de Descartes para a derrocada de uma visão de mundo religiosa cristã, ele mesmo se definia como um católico e crente na figura divina.De fato, a existência de Deus é a segunda verdade universal para o filósofo  do Discurso do método, a primeira é sua própria existência "Penso,logo existo", sua máxima irrefutável. E é por meio desta que prova-se aquela, pois, segundo Descartes, algo de natureza perfeita deve existir, e  visto que não é o  homem, pois este  apenas duvida e não conhece, há de ser algo superior e, portanto, uma natureza que escapa da dependência da nossa. Conclui-se, então, que essa manifestação, a qual encerra em si todas as perfeições, só pode ser Deus.

Muito embora a importância capital de René Descartes, não deve-se aceitar sua obra e filosofia sem antes questioná-las criteriosamente e indagar-se a respeito de si mesmo e de todas as coisas, a fim de realizar verdadeira ciência.

Felipe P. Ravasio,1° Direito Diurno

Dubito, ergo sum.

O homem, em sua condição de ser pensante, esta sempre em busca de explicações acerca de tudo aquilo que ele não entende. É dessa curiosidade persistente que os humanos exploraram terras novas, desenvolveram mitos, criaram tradições. O problema dessa sede de saber é que ela pode ser facilmente saciada com informações nem sempre verdadeiras, graças a coação de toda uma cultura e sociedade.

Muitas vezes, a autoridade de algumas afirmações ditas "verdades" advém da tradição, do tempo e da estima que a sociedade tem por elas. Para o filósofo René Descartes, é preciso duvidar daquilo que não é extensamente avaliado por um processo científico, uma vez que somente um método de avaliação racional pode comprovar a veracidade das coisas. No pensamento do francês, é preciso duvidar até dos próprios sentidos, uma vez que estes também estão sujeitos ao erro, como ocorre com a visão dos Daltônicos ou as sensações experimentadas durante os sonhos.

A dúvida, de fato, revela-se um importante instrumento do homem para compreender melhor o ordenamento das coisas. Sem o questionamento, as sociedades podem fazer valer a ignorância e a violência. A homofobia, por exemplo, fenômeno que tem crescido perigosamente no Brasil, é fruto da ausência da duvida. Não se questionam os grandes líderes, os livros sagrados ou as doutrinas ancestrais: a massa homofóbica aceita como absoluto o discurso de ódio e o reproduz sem refletira respeito da fundamentação deste. Na Alemanha Nazista, a aceitação do povo da superioridade nórdica em relação aos povos semitas e eslavos como uma verdade quase que cientificamente comprovada é que permitiu o terror do Holocausto.

Fica óbvio o quão perigosa pode ser uma "verdade absoluta". Cabe ao homem, como ser pensante, mais do que buscar respostas para suas dúvidas, mas buscar a veracidade dessas respostas. Enquanto duvidar-se das concepções estabelecidas e propor-se a busca de um conhecimento analisado cuidadosamente, a sociedade tenderá ao progresso.

André Luis Sonnemaker Silva - 1º ano Direito diurno - Turma XXXI

Duvidar é necessário

René Descartes em seu livro “ O Discurso do Método” demonstra sua insatisfação com a filosofia da sua época, pois tudo que ela propunha era duvidável e não possuía alicerces tão sólidos como as Ciências Exatas, por exemplo. Busca-se no livro um método para aumentar gradativamente o conhecimento e este, unificaria o saber. René buscava incessantemente a razão, ou seja, o discernimento entre o verdadeiro e o falso e não aceitava tudo o que lhe era imposto somente pelo costume ou o hábito.

Após um período de estudo, viagem e observação, Descartes obteve algumas conclusões acerca de seu Método e intitulou o primeiro principio da Filosofia: “Eu penso, logo existo”. Valoriza-se a capacidade racional do homem e o caminho para o conhecimento sólido é a dúvida de tudo que lhe é imposto. O fazer ciência não é desarmônico com a religião, Deus é a razão superior, e o homem reflete um pouco deste saber.

Sendo assim, Descartes nos deixa uma herança ímpar: A dúvida é o caminho para o conhecimento sólido. A razão não significa que tudo o que pensamos seja verdadeiro, mas insinua que todas as nossas ideias devam conter pelo menos alguma base verdadeira. 

A Procura da Verdade

  René Descartes, filósofo do século XVII, tenta transmitir através de seu livro "Discurso do Método" a busca da verdade através da razão. Na época, o autor encontrava-se descontente para com a forma de ensino da Filosofia tradicional e outros ensinamentos, como o da Astrologia e da Religião. Ao escrever, Descartes tenta popularizar o conceito de verdade e a sua autoridade.
  A ideia central seria conseguir obter um único caminho para compreensão do universo. O método seria crucial para tanto, sendo o mediador entre as formas de pensar. Além disso, este se afasta do modelo habitual da Filosofia e técnicas místicas e espirituais de compreensão do mundo. O objetivo é alcançado por meio da dúvida, pois esta questiona e analisa, selecionando apenas o que é verdadeiro e não pode ser contestado.
  Ele, também, se utiliza da razão e da matemática para se chegar a Deus. Cabe ao Homem escravizar as forças da Natureza e exercer o papel do decifrador dos enigmas da capacidade criativa do Criador. Talvez pareça incomum a relação entre a razão e a fé, e Descartes tenta provar exatamente o contrário, ao dizer que não são divergentes. Para ele, a razão é capaz de levar a fé a consequências últimas. A Ciência seria a responsável por pesquisar a lei responsável pelo engendramento das coisas.
  Crítico e não acomodado aos pensamentos da época, seu legado se estende até os dias atuais. Ainda é contemporânea a indagação da verdade, que esteve presente nos séculos passados, foi estudada por diversos nomes e talvez se estenda até os últimos dias.


Lygia Carniel D'Olivo - 1° Semestre - Direito Diurno

Sobre Descartes, o método e o mundo pós-moderno


A Idade Média, embora marcada pelo controle quase totalitário da Igreja sobre o campo intelectual, em que esta cerceava ideias liberais e contrárias às suas próprias, foi uma era fomentadora para questionadores da “verdade” vigente em todos os seus aspectos. Pioneiro na sistematização do conhecimento, René Descartes rompe com a epistemologia arcaica e abre uma nova fronteira da ciência, em que a razão permite a análise crítica e o mais imparcial possível dos fatos observados. Tal como se seguiu a evolução dos campos do conhecimento, eventualmente levando a duas revoluções industriais, foi determinante para a orientação da humanidade a uma sociedade capitalista tecnológica e industrializada.

 Tal método científico, tendo como referência o trabalho de Descartes e o “Novum Organum” de Francis Bacon, foi abraçado por uma emergente classe burguesa, financiadora das ciências exatas, que utilizaram extensamente do método apresentado para a expansão das mesmas visando sua posterior aplicação em um emergente sistema industrial.

 A condição atual da civilização, capitalista e industrializada, é fruto direto do método. A própria educação da sociedade foi modificada para se encaixar nos moldes do conhecimento sistemático e racional. O próprio conceito de "pós-modernidade" está atrelado ao desenvolvimento intelectual e político posterior à Revolução Francesa, totalmente influenciada por uma ótica antropocêntrica e iluminista, sendo as enciclopédias de d'Alembert e Diderot um exemplo concreto de compilação da produção científica de até então, originária da lógica cartesiana.

Assim, fica evidente o alcance da obra de Descartes, essencial na transformação de uma sociedade de cunho principalmente filosófico em outra com sede por respostas concretas. Sendo a sociedade atual reflexo direto do proposto pelo autor, é explícito seu sucesso em propagar o método, seja para melhor ou pior.

Lucas Laprano - 1° ano, Direito Noturno - Turma XXXI

Dúvida, razão e Deus

     Em sua obra "O Discurso do Método", que revolucionou o pensamento filosófico de sua época, René Descartes exalta a dúvida como principal modo de alcançar o verdadeiro conhecimento. Para o filósofo, a dúvida auxilia na verificação da existência do homem e de Deus.        
O fato de uma pessoa apresentar dúvidas se está pensando, já é por si só um pensamento. Este, por sua vez, é o sinal de que o indivíduo realmente existe já que para pensar é necessário ser algo existente. Com esses argumentos o filósofo francês conclui que para existir é necessário pensar ("penso, logo existo"). Embora essa ideia esteja correta, não engloba todas as possibilidades. Por exemplo, os seres vivos- excetuando os humanos - não pensam, são irracionais e isso não os impossibilita de existir.  
Descartes também acreditava que só há dúvida porque há imperfeições as quais são diferentes em cada indivíduo. A partir disso, ele desenvolveu a ideia de que deveria existir um ser perfeito por completo o qual passaria algumas de suas perfeições para cada homem existente: Deus. É dessa forma que o filósofo de maneira surpreendente utiliza a razão para justificar a existência de Deus e não para negá-la.        
Foi com essa obra que René Descartes inaugurou a filosofia moderna e tornou-se imortal com suas ideias que permanecem vivas no cotidiano já que a existência de um ser divino não foi totalmente derrubada pela razão e a dúvida ainda move toda a sociedade.


Gabriela Mosna - 1° Ano Direito Noturno

Divisor de águas

    René Descartes, nascido em 1596 na França, foi um grande filósofo, físico e matemático da sua época. Apesar de muito conhecido pelo seu plano cartesiano, um grande avanço na matemática, seu trabalho foi muito mais amplo. Ele foi como um divisor de águas na filosofia, marcando o ínicio da filosofia moderna.
    Em seu livro "Discurso do Método", Descartes tenta criar um método para chegar a razão, buscando um caminho a ser seguido até ela, porém não visa impor seu pensamento, apenas mostra como chegou a essa conclusão. Mostra ainda certa desconfiança quanto a filosofia, por ela apresentar mais questionamentos do que respostas.
    Com sua famosa frase "Penso, logo existo", o filósofo afirma apenas ter certeza sobre sua existência por ser um ser pensante. Essa frase é prova de que a busca pelo conhecimento é o que nos mantém vivos. Dessa forma ele também fundamenta a existência de Deus através da razão, comprovando ser a única verdade fundamentada na razão.

Descartes atual

      René Descartes, conhecido como pai da metodologia científica propunha uma fragmentação do conhecimento em busca do aprendizado da verdade, baseado em propriedades experimentais. Com o questionamento e a racionalidade como base de seus estudos, criou um método que tem por base três etapas: questionamento, fragmentação do objeto estudado e revisão.
      O autor de "O discurso do método" também critica o ensino tradicional que recebeu por não constatar utilidade na promoção de mudanças em seu contexto.
      Analogamente, é possível fazer uma comparação com o contexto atual na medida em que a educação vigente, na maior parte das escolas do Brasil, não propõe um ensino que  estimule os alunos em seus talentos individuais, não utiliza o recurso de provocar o questionamento de cada um e faz-se com que os aprendizes tenham que saber um pouco de tudo e muitas vezes, não se interessarem realmente pelos estudos,  fazem-no como obrigação e por isso não aplicam o que aprendem em prol de beneficiar a sociedade a sua volta e promover mudanças.

O método de cada um

Descartes dedicou grande parte da sua vida para o conhecimento, tanto é, que passou grande tempo tentando achar o melhor método de conhecer as coisas. Todos nós temos um método, não só para conhecer, mas para levar a vida. E assim como Descartes, criamos e aperfeiçoamos este método.
Desde pequenos ouvimos de nossos pais algum método a seguir para levar uma vida que a normalidade social atual julga ser boa e tranquila. Estudar, se esforçar para conseguir um bom emprego são umas das normas que cabem nesse método. Mas de qualquer, há tempos que a questão da melhor maneira de levar nem sequer mais é discutida. Para a sociedade atual ficou óbvio que há infinitos meios de se viver. Descartes diz também, que o método dele de conhecer as coisas apenas diz respeito a ele; não é o único método, mas o método que ele achou melhor seguir.  E isso vale para qualquer coisa que possamos seguir.

Por isso é importante encontrar o melhor jeito de fazer as coisas para tudo na vida, não importa se é para conhecer as coisas ou se é simplesmente o melhor jeito de arrumar a casa. Isso depende de cada indivíduo.

1º ano, Direito - Noturno

Logo...?

 

Certamente, após ser surpreendido por uma tempestade e ficar todo encharcado e indagar o porquê do ocorrido, você não se contentaria com um simples “Porque sim”, ou ainda, “Choveu porque São Pedro quis!”. Há algum tempo, tais tipos de respostas não satisfazem mais a humanidade, sedenta por explicações mais racionais.

 Tal sede manifestou-se de forma intensa em René Descartes, ainda no século XVI. Conhecido na matemática pela sistematização do plano de coordenadas, o francês não se alegrava com as réplicas já reveladas da teologia, da filosofia, das superstições e dos escritos. Delas desconfiava com todas as suas forças. Contudo, depositava fé no estudo do passado, pois este trazia valiosas lições.

Todavia, a busca pelo o que é verdadeiro resultou em três máximas que regeram sua vida: obedecer às leis; ser o mais firme e decidido; e vencer-se a si próprio. Como em um feixe de retas convergentes, esses axiomas levam a rejeitar tudo aquilo em que pudesse supor a menor dúvida. Mas seria realmente possível não tê-las? Para Descartes, sim, ao passo que se toma como correto o caminho escolhido pela razão.

Como consideração final, a perseguição da verdade iniciada pelo método cartesiano fez com que hoje possamos explicar a chuva repentina pelo encontro de massas ou pela chegada de uma frente fria. Entretanto, as coisas nessa vida não são de simples dedução como famoso cogito, ergo sum. Desejo, logo... Posso? Devo? Sinto, logo... Sinto mesmo? Assim, descartando a área matemática, tudo é permeado de dúvidas e incertezas.

 

Letícia Raquel de Lava Granjeia – 1º semestre – Direito Noturno

O antropocentrismo e o racionalismo em busca da verdade científica


A dúvida é o caminho para toda a busca científica, seja esta empreendida por métodos racionais ou sobrenaturais. No século XVI, a magia, alquimia, religião, astrologia e muitas outras ciências sobrenaturais regiam os estudos das ciências, prejudicando uma conclusão concreta ou até mesmo um caráter verídico do fato estudado.
Dessa forma, Descartes defendia a separação de tudo que fosse sobrenatural e regido pela emoção do estudo científico, afirmando que somente a razão e a filosofia deveriam endossar a busca do conhecimento científico, concretizando a busca do homem em se tornar o senhor da natureza, afirmando o total antropocentrismo que o francês defendia.
A proposta de Descartes é, portanto, nunca admitir algo como verdade absoluta, de forma que sempre existirá a dúvida a ser sanada. Consequentemente, construir o conhecimento científico a partir de métodos, os quais fomentam o estudo dos fenômenos mais básicos até os mais avançados, e dessa forma vencer as barreiras das próprias convicções para se chegar à verdade científica.

Amanda Segato e Ciscato - 1º ano Direito noturno

A fé no pensamento empírico.

       Descartes é um dos inovadores do pensamento empírico ao escrever o livro "O Discurso do Método", pois ele rompe com os conceitos de verdade da época e "deduz" novos caminhos de se encontrar a verdade.
        Mas as contradições na fala de Descartes são notórias como quando ele diz que deve-se pensar racionalmente, por meio de comprovações e sem misticismo,  porém, acredita em Deus e acha que tudo de benéfico e maléfico iniciam-se nEle, que é perfeito e infinito.
        Apesar de ser considerado contraditório, ele foi ousado ao pensar que a verdade pode não somente vir da religião ou somente da razão, pode-se interligar ambos e um ser a base do outro, como hoje alguns cientistas já começaram a supor isso e pensarem que o início de tudo pode vir de algo superior, mesmo sem provar a sua existência.

Amanda Rolim Arruda - 1º ano direito noturno
Carta ao gênio maligno.

Meu caro, é com grande respaldo que lhe ordeno que pare imediatamente de me enganar.  Suas falácias tem sustentado o obscurantismo nebuloso ao qual minha mente assenta e tens me privado à verdade de fato. 
Quero lhe advertir que tenho tentado desenvolver um caminho metodológico em busca da realidade. E quando o fizer, estarás acabado! Este será o teu fim! Infelizmente, devo admitir que  ainda não me sucedera bem diante de tal empreitada, já que no presente momento tenho lapsos de dúvida se verso essas palavras de fato ou se estou sonhando que verso as palavras. Mas tudo parece tão real...  Sinto a pena nos meus dedos, posso pegar o pote de tinta e sentir a textura áspera do papel... Por tais motivos, e muito a contra gosto, devo lhe parabenizar os esforços. De fato ninguém nunca aproximardes sobremaneira os mundos ilusórios e o real, como o fazes tu; se é que este existe quaisquer mundos real ou imaginário...

Se estiver sonhando agora, amanha acordarei e saberei de tudo! Mas a dúvida prevalecerá na minha mente. Gênio desgraçado! Verás o teu fim! Eu garanto!
Espere! Tinha a intenção de encerrar estas letras aqui, mas acabei de recordar a caverna de  Platão.  Sim, gênio maldito, creio que por essa não esperavas. Tu estás para mim como as sombras estavam para aqueles pobres coitados enfurnados naquela gruta. Mas o mundo real existe! Eu creio na verdade! Tu não passas de sombra, um espectro nebuloso que me atormenta a sanidade! E só de pensar em ti tenho a certeza de existir. Tu não és sem mim, já eu, eu sou sem ti. Vai-te! E não me atormentes mais.
Assim me despeço!
René Descartes, 23 de março de 1618.

Logo após datar a carta, acordou com o toque da alvorada.

Roberto Renan Belozo - 1º semestre direito noturno.

Descartes e o método para a iluminação

Na busca da humanidade pelo conhecimento ao longo dos séculos uma dos maiores avanços foi a criação do método para atingir através da racionalidade e da análise rigorosa a verdade cientifica.
O criador desse método foi um homem chamado René Descartes(1596-1650).Um verdadeiro homem renascentista,Descartes escreveu trabalhos importantíssimos nos campos da filosofia e matemática.Em sua obra "O Discurso do Método" Descartes propõe um método para alcançar a verdade,sem partir de pressupostos e conceitos tidos como verdades absolutas,utilizando de um ceticismo completo para responder qualquer questionamento,inclusive o da existência de Deus.Descartes busca a aplicação da lógica para a resolução de problemas e a prova de conclusões,incluindo aí usar seus conhecimentos em geometria para resolver problemas,utilizando o conceito de dividir um problema complexo em pequenas partes e extrair a solução lógica do todo através das partes.
Outro importante ponto abordado por Descartes é a questão da existência em si.Seu questionamento é sobre a veracidade da existência e sua legitimidade.Através da lógica,Descartes conclui que a própria capacidade de questionar já é um atestado da verdade em nossa existência,cunhando assim sua mais célebre frase:"Ego cogito ergo sum"( Eu que penso,logo existo).
É indescritível a importância do método cartesiano na historia humana.Através dele foi possível romper com dogmas que durante tantos anos barraram o avanço da ciência e da filosofia,deixando livre o caminho da humanidade para a iluminação que provém do conhecimento.
Uriens Moore-1° ano Direito Noturno

Tripé do pensamento científico

               Em uma época na qual os meios para se ter um fato como verdade absoluta passavam geralmente pela religião e pela filosofia, surge o chamado “pensamento cartesiano”. Criado por Descartes, esse pensamento visa à obtenção da certeza quanto a uma determinada constatação empírica. Para se alcançar um conhecimento “estável”, que não pudesse ser abalado por dúvidas, Descartes cria o “Método” que consistia em três etapas: o questionamento, a fragmentação e a revisão.
                O questionamento é a primeira fase para a “reforma” do conhecimento. Questionar as certezas é início da construção de algo melhor embasado e mais firme. A fragmentação consiste na divisão do problema encontrado em partes menores, buscando facilitar a resolução de cada obstáculo, de cada dúvida surgida a partir do questionamento. A revisão é o momento em que se observa todas as afirmações feitas sobre o fato analisado para confirmar se realmente a verdade foi alcançada.
                Para Descartes, o uso da razão não era uma ofensa a Deus pois esta seria um dom dado ao homem como instrumento para conhecer os enigmas da vida. Assim, o cientista busca entender a vida a partir das constatações feitas e comprovadas pela razão do homem posta em prática através do método científico.
Ana Luiza Pastorelli e Pacífico
1º ano Direito- Diurno

Descartes e seu método

            No “Discurso do Método”, Descartes nos mostra um método que tem como assunto a razão. Com ela, ele deseja evitar a ilusão. 
           Nesse discurso, ele afirma que o método exposto não é um manual para as pessoas seguirem, mas sim uma maneira de mostrar como ele conseguiu a razão dele.
         Também, segundo ele, aquele que procura chegar o mais próximo do conhecimento verdadeiro é preciso ser desconfiado. A pessoa precisa desconfiar. E é necessário que ela se desvincule de opiniões mal fundamentadas que possua e tenha várias experiências.  Para Descartes, deve-se questionar e duvidar. Fragmentar o que se estuda, listando do mais simples ao mais complexo. Revisar para ver se não se esquece de nada. E fazer a conclusão de tudo que foi analisado.
             Além disso, durante o texto, ele mostra maneiras de se atingir o conhecimento além daquelas tidas nas escolas. Por exemplo, também se adquire conhecimento, de acordo com Descartes, fazendo viagens.
              Descartes, em seu discurso, apresenta suas máximas fundamentais, as quais ele indicou como uma “moral provisória”. Essas máximas consistem em obedecer às normas e costumes de seus pais, preservando a religião que aprendeu a seguir desde a infância, manter o máximo possível de firmeza em suas ações e decisões e procurar vencer a si mesmo antes de qualquer outra coisa.
              Algo interessante no discurso de Descartes é que ele não propõe alguma coisa que confronte a religião. E durante o seu discurso ele discorre sobre a existência de Deus e da alma. Diferente do que muitos pensam, ele não desafiou a religião com suas maneiras de procurar a razão. Na verdade, quando ele cita as máximas da "moral provisória" ele comenta sobre a instrução religiosa que tivera quando criança.

Camila da Silva Teixeira, 1º Ano. Direito, Matutino
               

A razão atrelada à verdade.

               
                A incessante busca humana pela verdade remonta de tempos antigos tendo como protagonistas célebres pensadores que dedicaram sua vida a essa difícil empreitada. Descartes, por exemplo, afirma que para tentar encontrá-la partiu da premissa que tudo que exposto ao nosso redor é altamente duvidável, inclusive o conhecimento adquirido. Entretanto, nessa jornada deve estar inclusa a razão, sem a qual, segundo ele, não é possível discernir o verdadeiro do falso.
                Descartes, então, vem por meio de seu  ´´Discurso do Método`` tentar demonstrar ao mundo um caminho matemático, ou um método, que permita ao homem encontrar a verdade.
Começa a descrever suas máximas para que isso tudo se torne possível e tenta aliar a razão à perfeita existência divina , idéia muita polêmica até para os dias atuais. Evidencia, inclusive, que o único objeto de controle humano é o pensamento e, dessa forma, conclui aquela que é uma das máximas mais bradadas ao longo da nossa existência: ´´Penso, logo existo.’’
            Aponta também que o homem está suscetível a enganos ao levar em conta apenas seus sentidos e alerta para a necessidade da intervenção do juízo nos nossos julgamentos para que esses possam ser plausíveis. Reitera, inúmeras vezes, que tudo o que é verdadeiro só o é devido à existência de Deus, criando, para alguns, uma das maiores contradições universais no que diz respeito à razão.
            Descartes, embora polêmico e cético com relação a muito do que aparenta ser incontestável, deixou um legado de extrema importância, seja na filosofia, seja nas ciências exatas e, assim, permanece no nosso discurso até os dias atuais.

Danielle Juvela- 1º ano/noturno

A origem do método

Diante da descrença com o ensino de sua época, cuja serventia não era aplicável à vida prática, Descartes resolveu buscar um novo método de produção de conhecimento, um método unívoco, isto é, que passa por um caminho único e reto, e todos os outros, em sua concepção, seriam ilusão. De tal ponto de vista surge sua crítica à filosofia, visto que esta, apesar de ter sido cultivada pelos mais elevados espíritos, não foi capaz de eliminar os outros caminhos, sendo freqüente objeto de discussões e dúvidas, além de ter sido alicerçada em bases não sólidas.
Segundo o filósofo, não há forma de compreender e interpretar o mundo que não esteja no próprio homem, o que seria feito através da razão, elemento que o diferencia dos animais e deve ser usada como meio controlador das paixões. Utilizá-la para compreender, interpretar e dominar o mundo seria fazer utilização plena dos desígnios de Deus, pois Ele criou o homem à sua imagem e semelhança, ou seja, Deus, para Descartes, é a razão maior, o arquiteto do mundo, e devemos, portanto, exercitar aquilo que nos foi dado com efetividade, através da ciência, por meio do método científico.
O método de Descartes baseia-se em quatro princípios: 1) Questionar, duvidar. 2) Fragmentar o conhecimento como objeto de estudo. 3) Desses fragmentos, partir do mais simples para o mais complexo. 4) Revisar. Não desejava, com isso, imitar os céticos; ao contrário, pretendia destruir todas suas opiniões mal alicerçadas e estabelecer outras mais corretas. Inclinar-se mais para o lado da desconfiança do que para o da presunção foi motivo de orgulho para o filósofo, que acreditava ter feito a melhor escolha quando trilhou tal caminho.
De seu intrínseco desejo de aprender a diferenciar o verdadeiro do falso, aprendeu a não acreditar em nada do que lhe havia sido inculcado só pelo exemplo ou hábito. A satisfação que ter criado seu próprio método lhe proporcionava preenchia seu espírito, e não conseguia satisfazer-se com opiniões alheias, sem analisá-las utilizando seu próprio juízo, pois considerava tal ação uma perda de oportunidade de encontrar opiniões melhores, caso existissem.
Dedicando-se, então, à pesquisa da verdade, passou a rejeitar como falso tudo aquilo que fosse suscetível a menor duvida com o intuito de ver se algo sobraria como incontestável. Em suas divagações, concluiu que poderia tomar por regra geral que as coisas que concebemos clara e distintamente são todas verdadeiras.

Assim, surge na filosofia a maior contribuição de Descartes, o método científico, uma nova proposta de obtenção de conhecimento que, baseando-se na dúvida, rompeu com tudo aquilo se que praticava até então e abriu espaço para o surgimento de novas ideias.

Julia Bernardes- 1° ano- Diurno
Evolução Cartesiana
Em sua obra ‘Discurso do Método’, René Descartes começa uma nova visão de mundo, na qual ele critica certas formas de conhecimento que antes eram muito bem aceitas como ciência, tais como a astrologia, a alquimia e a magia. A partir de então, o pensamento do filósofo começa a ser hegemônico, entretanto, as antigas crenças ainda não foram totalmente banalizadas visto que, até hoje, as pessoas procuram respostas em tarôs, cartas, astros e afins.  
O que Descartes propõe é um conhecimento que se dê de forma unívoca, isto é, não mais com diversas interpretações, para tanto, seria preciso um método de intervenção no mundo que fosse capaz de derrubar todas as velhas convicções. Assim, a dúvida seria um recurso que possibilitaria a chegada a um conhecimento digno de credibilidade, um recurso que levaria o homem à ciência.
Apesar de fazer um profundo questionamento às crenças vigentes em seu tempo, Descartes não confronta a religião, para ele, buscar a razão a qualquer custo não é negar a Deus, mas reafirmar o Criador como a RAZÃO maior. Somente mais tarde, Darwin foi capaz de confrontar a Igreja com sua teoria da evolução, e isso, de alguma forma, foi propiciado pelo discurso cartesiano.

Letícia de Oliveira e Souza, Direito Matutino.


Inaugurações no pensar

As mudanças no pensamento humano, enquanto coletividade, acontecem de modo lento e por vezes intermitente. As transformações do pensamento, da filosofia, dos paradigmas e do conhecimento em geral ocorrem de forma gradual ao longo de anos, décadas e até séculos por diferentes pessoas e eventos em diferentes localidades. Contudo, sempre existiram alguns pensadores que deram passos largos e acertados e forneceram as bases mais importantes dessas transformações. Um deles foi René Descartes, considerado por muitos o pai da filosofia moderna, que viveu de 1596 até 1650, e cuja obra foi uma grande contribuição para o desenvolvimento do atual modelo científico e do paradigma Antropocêntrico.

Durante muitos anos ele estudou as obras e o pensamento de seus antecessores, bem como a poesia e os costumes e opiniões de outros povos, mas não se sentiu satisfeito com os resultados e conhecimentos que encontrou. A sua ânsia de encontrar aquilo que é mais verdadeiro, não foi satisfeita nem pelos grandes nomes da filosofia, cujas opiniões eram muito distintas.

Descontente com os resultados de sua busca, ele decide empreender sua própria investigação. Tendo como base de sua empreitada a razão, ele inicia seu esforço por um conhecimento mais verdadeiro que poderia descifrar a natureza, suas leis e seus mistérios. Vai contra os tipos de conhecimento relevados, daqueles comuns na religião, na mitologia e no misticismo, cuja origem seriam fontes externas que os revelam `a humanidade.

Mesmo de romper com os paradigmas do conhecimento relevados, Descartes não rompre totalmente com a religião. Apesar de descartar os conhecimentos de fontes místicas, ele não rompe com a figura de Deus nem com algumas das máximas do cristianismo como a existência da alma. Pois ele acreditava que com o uso da razão poderia decifrar os mistérios da natureza, que por serem criações de divinas, são as obras de Criador, que seria a razão mais perfeita que poderia existir.


Apesar de seu rompimento incompleto, Descartes foi um dos inauguradores da laicização do conhecimento. Mesmo mantendo o divino como modelo e fim do conhecimento, ele elimina o pensamento religioso de seu método e nos dá as bases do que chamamos de modernidade.

(homem)² = ?

           Insira no eixo x todo o conhecimento da humanidade, em contrapartida insira no eixo y todas as dúvidas e as perguntas respectivamente relacionadas a cada um dos conhecimentos anteriormente posicionados.

            Descartes contribuiu imensamente para as ciências exatas com suas técnicas práticas revolucionárias, contudo, antes de qualquer coisa, era um ser humano repleto de indagações e um vívido estudioso das letras. Obcecado por sistematizar o pensamento humano de forma a encontrar uma fórmula algébrica responsável por extrair a verdade do mundo, ele repudia qualquer forma de “conhecimento revelado”, ou seja, aquele que lhe é imposto pela natureza. Assim sendo, confronta veemente a magia, a alquimia e a astrologia, impondo a necessidade da razão para se obter o real.

            Analogamente, o maior palco de indagação de Descartes foi a Filosofia. Afirmava a presunção e a arrogância dos pensamentos filosóficos, sendo estes passíveis de intenso questionamento, visto que, cada filósofo possuía seu próprio caminho para a verdade, portanto não haveria síntese e praticidade que pudesse ser filtrada dessa matéria.

          Um homem que defendia a fragmentação e a especialização do conhecimento para tornar o estudo sobre este simplificado afim de se atingir a verdade por meio da reflexão. Um homem que observava diferentes culturas humanas e tomava um caminho ponderado de pensamento, mas de forma decisiva. Um homem que afirmava a Deus. Descartes defende o princípio de que o ser humano é imperfeito, mesmo sendo concebido em imagem e semelhança do Criador e, portanto, a perfeição, a razão absoluta, a verdade inquestionável, deveria estar contida em “um ser perfeito e infinito”: Deus.

            O homem pelo próprio homem é paixão... é um ponto de interrogação. Descartes promove o Método a armadura capaz de controlar a paixão humana, a fim de transformá-la em razão e assim evoluir o ser humano ao ser exato. Apesar de profundas indagações metafísicas intrínsecas ao mundo real e ao mundo dos sonhos, Descartes concluí que “eu penso, logo existo”, portanto o ser não poderia deixar de ser, já que questiona, já que duvida. Em sua obra “Discurso do Método”, o autor faz um discurso sobre a vida.


Víctor Macedo Samegima Paizan - 1º Ano - Direito Matutino

O pensamento e a verdade




René Descartes, em sua infância, acreditando encontrar nas letras o conhecimento claro e seguro, acabou descobrindo cada vez mais sua ignorância. Após longos anos de estudos, viajando pelo mundo a procura de respostas, concluiu que era necessário o seu autoconhecimento.
Por isso em seu livro "Discurso do Método", dedica-se a ensinar o método criado por ele, cujo objetivo  é  conduzir a razão, que considera ser a única coisa que diferencia os homens dos animais, e assim conseguir aumentar gradativamente seu conhecimento. 
Durante este trabalho o autor criou para si uma moral provisória, com o objetivo de manter sua felicidade e prosseguir sua instrução, entre suas máximas estava a obediência as leis e aos costumes de seu país , ser o mais firme e decidido possível em suas ações e por fim acreditar que nada existe que esteja completamente em seu poder.
Fora isso todas as suas outras opiniões foram descartadas e tudo aquilo posto em dúvida foi considerado falso. Neste processo chegou a uma verdade que foi considerada o primeiro princípio de sua filosofia, "Eu penso, logo existo", já que para ele para pensar, é necessariamente preciso existir.
A partir disso concluiu que tudo o que existe provem de um ser perfeito e infinito, que presumiu ser Deus. Porem os seres humanos não são perfeitos por isso não é possível a comprovação de que tudo a nossa volta seja verdadeiro. Sendo assim para Descartes a única real certeza é a existência de Deus e da alma.


Betina Pereira Rabelo,1º Ano, Direito Noturno.

Saudade de Descartes





  Em uma sociedade marcada pelo capital, na qual"time is Money", os indivíduos nascem com cronômetros instalados em suas mentes e são cada vez mais doutrinados a aceitarem passivamente a massificação praticada pela indústria cultural. Dessa forma, conclui-se: como nos faz falta a presença de uma figura como René Descartes em nossa sociedade.
  Com formação católica, o autor abusava de sua desconfiança, sua única certeza era que duvidava de tudo. Assim, submetia suas opiniões a análise, a fim de obter um conhecimento puro e distante do reluzente "cobre e vidro" daqueles que manifestam saber mais do que realmente sabem.
  Contudo, o pensador também estudava a fundo essas "doutrinas" , a fim de evitar ser mais uma vítima de suas artimanhas. Com a concretização de seu método, Descartes obtém sua máxima: "penso logo existo" e é a partir dessa sólida preposição que o autor constrói o primeiro princípio de sua filosofia.
  Inquieto.Questionador.Modesto.Tão rara nos é hoje uma figura como Descartes. Tantos são os servos que aceitam de forma obediente as imposições da mídia e do meio social.Numerosos são aqueles intelectuais que não buscam o "ouro e o diamante" proporcionado pelo conhecimento, mas sim inflar seus bolsos de equivalente riqueza monetária. Em meio ao caos, a máxima cartesiana foi transformada em: "tenho, logo existo".Assim, só nos resta lamentar pela falta do racionalismo e de seu mestre na contemporaneidade.




Gabriela Losnak Benedicto- 1º ano Direito noturno

         Uma razão cartesiana 


          

            René Descartes é um filósofo francês da cidade de La Haye ( 300 km de Paris) nascido no ano de 1596 que revolucionou a forma de se enxergar a metodologia de ensino. Segundo o pensador, a busca pelo saber  deveria apresentar um embasamento racional . Todavia, sua idéias foram inovadoras para época gerou polêmicas e revolucionou -  a longo  prazo - a maneira de se obter o conhecimento . 
             Descartes colocou em xeque e venceu algumas formas antigas de obter “ o saber” de sua época,quando costumeiramente o ensino era simplesmente baseado em dogmas e mitos. A partir de suas idéias é que se criou o método Cartesiano de ensino - utilizado até os dias de hoje em algumas áreas da educação  -  baseado nos questionamentos e essencialmente na razão .             Na Obra “ Discurso do método”, o pensador enalteceu a razão ao ponto de criar uma polêmica entre um suposto rompimento com o pensamento religioso também vigente na época . Entretanto, Descartes esclarece tal questionamento ao dizer que não há incongruência entre a o pensamento racional e fé. Afinal,para o filósofo,fazer ciência é elevar a fé ao seu ponto máximo e desvendar os segredos divinos da criação do mundo.
             Vê-se assim, que René Descartes merece toda importância dada a ele nos dias atuais pois apesar de suas idéias já terem séculos de  existência e algumas terem sido aperfeiçoadas, em suma, ainda são utilizadas em diversas áreas do conhecimento do século XXI .


Guilherme A. A. Dadalto - Direito/Noturno 

Sobre Descartes e os avanços na sociedade.



Sobre Descartes e os avanços na sociedade.

A cada século, década, ano, dias, as mudanças no meio técnico-científico se dão de maneira assombrosa. Ao pensar que atingimos o máximo de desenvolvimento em certa área, como, por exemplo, a telefonia, somos surpreendidos por lançamentos ainda mais inovadores, úteis e complexos.

Esse desenvolvimento científico veloz, e cada vez mais inovador, só foi possível graças a René Descartes com sua obra “Discurso do Método”. O autor demonstra sua descrença com os moldes do ensino clássico, com as formas de pensamento e desenvolvimento científico da época.

Os conhecimentos produzidos na época de Platão e Aristóteles não sofriam questionamentos, eram dogmas impostos à sociedade e, além disso, muitas vezes não interferiam nela de forma relevante e palpável. Assim, Descartes propõe o uso de um novo método, o qual, por meio da dúvida, do uso da razão intrínseca ao ser humano, serviria para gerar descobrimentos mais significativos, reais e que atingissem o cotidiano das pessoas com o intuito de melhorar a qualidade de vida.

O processo de questionamento e desconstrução proposto, teoricamente, parece simples, mas exige do homem mais que a prática de seu cerne, mas sim a tentativa de ser imparcial, de não deixar que as paixões vividas pelos homens manipulem o resultado do seu estudo durante as ponderações finais.

Além disso, os questionamentos de Descartes sobre os estudos existentes não sugerem que toda nova pesquisa comece do zero, como na escola clássica, mas sim que o conhecimento pré-existente seja usado para o aperfeiçoamento das próximas pesquisas e descobertas. Como diz no “Discurso do Método: "E da mesma maneira que ocorre ao demolir uma velha casa, conservam-se comumente os entulhos para serem utilizados na construção de outra nova”.

Sem a proposta de René Descartes, sem o uso do método proposto, não teríamos alcançado o desenvolvimento técnico-cientifico atual que influência tanto o nosso dia-a-dia. Se o questionamento não fosse sempre uma premissa segundo Descartes, poderíamos afirmar que, sem dúvidas, seu trabalho possibilitou os avanços na medicina, na matemática, na sociologia, na humanidade.


Ana Luiza Cruz – 1° Ano Matutino

        Conhecimento que transforma


  Descartes busca, através da criação de um método alcançar o verdadeiro conhecimento. Dessa forma, questiona e critica o ensino tradicional de sua época, bem como a alquimia, a magia e a astrologia, visto que eles, juntamente com a Filosofia, pareciam buscar um saber que não promovia mudanças. Passa a valorizar então a razão, tendo nela a base para a construção desse conhecimento sólido e eficiente.
Defende assim, a necessidade de se desfazer de todas as opiniões tidas como certas e verdadeiras, passando a duvidar e a questionar, ou seja a utilizar-se da criticidade. Alcançando enfim, um conhecimento que além de seguro e verdadeiro, fosse capaz de transformar e melhorar a realidade.
Portanto, o método proposto por Descartes mostra-se de extrema relevância, visto que é preciso sempre almejar fugir do senso comum e da alienação, tão presentes em nossa sociedade. Para que assim, ocorra realmente a transformação, advinda do verdadeiro conhecimento, crítico e racional.
 
Vitória Vieira Guidi - Direito Diurno

Contra o mal do século

     Analisar o mundo sob uma perspectiva pautada na razão e fundamentação científica, em detrimento daquela baseada na passionalidade, foi tarefa importantíssima com que Renée Descartes demonstrou significativa contribuição. Graças `a ele, foi exaltada a importância da ciência, a qual se baseia na solidez e credibilidade dos argumentos, para engrandecer o conhecimento `a procura da verdade(“veritas”).
A partir disso, Descartes buscou um método que o auxiliasse em seus estudos, e que também pudesse contribuir para outros indivíduos que se interessassem. Destacou a importância da desconfiança de todo conhecimento adquirido pelo homem até então, havendo necessidade de questionar os fatos e assumir sua ignorância sobre eles, para, a partir daí, inferir o que realmente possui fundamentação científica. Exaltou sua descrença na filosofia e em outros métodos que não possuíssem utilidade na vida prática, e ainda, explicou a necessidade de caminhar em linha reta, com objetividade e sem pressa, a fim de que se chegue a algum lugar.
O legado cartesiano encontrado na modernidade é o aumento da procura por verdades e  valorização de fatos paupáveis, o que engrandeceu o homem na medida em que ele é a única fonte da ciência e da razão. Todavia, ao se atribuir a seres humanos desígnios divinos, muitos deles se esqueceram da importância de se adotar a máxima socratiana “Só sei que nada sei” e, dessa forma, aproximaram-se da presunção. Somado a isso, o imediatismo da vida moderna fez com que o homem procurasse por respostas prontas e fórmulas premeditadas, atrofiando, assim, sua capacidade de questionamento.
São desalentadores o conformismo e o imediatismo que contaminam a sociedade contemporânea e marginalizam princípios tão bem construídos por cientistas de séculos passados. O “caminhar em linha reta” foi substituído por atalhos, voltas e trilhas desnorteadas, pautadas na pressa e (ou) preguiça. É preciso sempre desconfiar e filtrar tudo o que se lê, ouve e assiste, a fim de que se crie indivíduos críticos e cognoscitivos, idôneos a engrandecer seu conhecimento e melhorar a vida em sociedade, evitando o mal do século: a alienação.

Carta para René

Querido René,

 Primeiramente, eu gostaria de me desculpar por não ter comparecido na sua despedida, como você sabe, mamãe adoeceu e, portanto, necessita de meus cuidados. Para reparar o desencontro, em uma de suas próximas viagens você poderia dar o ar de sua graça.  Saiba que é sempre bem-vindo.
 Além do mais, ainda há muitos lugares que não fomos para visitar,  muitas coisas para serem descobertas e analisadas. A Itália, apesar de não ter grandes dimensões, é um país muito heterogêneo, tanto no aspecto natural, quanto no cultural, e seria um local propício para a desenvoltura de seus pensamentos. Bom, o convite está dado, agora, fica ao seu critério.
 Fico nostálgico ao imaginar que não terei mais tardes de observação ou noites de discussões a respeito dos meus costumes e do que sempre tive como certo. O senhor, mais do que amigo, foi um grande mestre, que me ensinou a ver a vida com um novo par de óculos. Seus pensamentos, sempre desconfiados, me abriram os olhos para a minha ignorância e passividade diante do que me foi imposto. Portanto, por ter me livrado das rédias da alienação dogmática, só tenho a agradecer.
 Sem mais delongas, gostaria de perguntar, se não for muita ousadia, se o senhor se importaria de continuar trocando cartas comigo a respeito de seus estudos. A sua busca pela verdade e pelo método perfeito me interessa muito, e quem sabe, uma humilde reflexão de um leigo como eu possa acrescentar algo em sua investigação.
 E por fim, termino mostrando a grande admiração que tenho pela sua mente. Sua genialidade é singular, e caso o senhor opte por não manter contato com o inconveniente ser que sou, eu entenderei completamente.  Se cuide.
                                                                                                                               Atenciosamente,
                                                                                                                                Fabrízio

       P.S.: "Conserve os olhos fixos num ideal sublime, e lute sempre pelo que deseja, pois só os fracos desistem e só quem luta é digno de vida." A sua descoberta há de mudar o mundo, portanto, não desista.






Ana Clara Rocha Oliveira, Matutino
                       

Descartes: dúvida e razão

Em pleno século XVII René Descartes escreve uma obra revolucionária, o ``discurso do método``, quebrado com as formas de pensar previamente consolidadas, estabelecendo o método racionalista. O Frances, funda uma maneira diferenciada de engendrar o conhecimento, não deixando influenciar-se por supostas noções ou explicações prévias, sejam elas dogmas religiosos, tradições ou conhecimentos sobrenaturais. Destarte, Descartes chega à verdade empregando a dúvida, pois ao regularmente duvidar de tudo, entende-se como verdade em sua essência aquilo que não seja possível contestar. Chegando a um dos mais célebres axiomas filosóficos , ´´penso, existo´´.
O filósofo, além disso, institui que o conhecer é mais perfeito que o duvidar, e que, por o homem caracterizar-se como um ser que duvida, apesar de existir não é perfeito. Conclui também, através desse raciocínio, que existe uma entidade, perfeita, a qual criou a humanidade.
            Portanto, Descartes, de maneira racionalista, sem apresentar nenhum  embasamento teológico, comprova a existência de Deus. Por essa razão, gera, até hoje, grande contradição entre pensadores, pois revela que não há uma contradição entre fé e razão, mas sim uma relação mútua e completa.  

Racionalismo: a busca pela verdade

    
Através da afirmação "Surpreendi-me com o grande número de falsidades que aceitara como verdades em minha infância", feita por Descartes, pode-se entender o motivo pelo qual o filósofo rompeu com as tradições e tentou estabelecer um método que atingisse o conhecimento verdadeiro, visto que estava cercado de proposições falsas e incertas.
Descartes, fundador do sistema cartesiano, imaginava que a matemática, devido à certeza de suas razões, mostrava-se o modelo ideal para as tentativas de se compreender o mundo. Além disso, estabeleceu um método, o qual exigia que se partisse de fatos indubitáveis e se chegasse a consequências lógicas através de raciocínio dedutivo, considerando que a observação direta, a qual se baseia nos sentidos, ilude quem a toma como base.
Ademais, chegou à conclusão "Penso, logo existo", já que, por pensar, é um tipo de ser existente, cuja essência consiste no pensamento, independendo de coisa material, ou seja, há uma distinção entre mente e matéria, sendo que na primeira, Deus, um ser perfeito, implantaria uma consciência, através da qual as coisas concebidas seriam verdadeiras. A existência de Deus era defendida pelo fato de que nada pode criar algo maior que si próprio e, pelos seres humanos serem imperfeitos e efêmeros, eles se originaram de algo superior.
Portanto, diferentemente dos céticos, os quais não acreditavam que fosse possível alcançar a verdade, Descartes defende que é necessário duvidar do conhecimento já existente e, através do uso da razão, alcançar o conhecimento verdadeiro e confiável.

Isabela Dias Magnani - 1º ano Direito noturno

Duvidar para esclarecer: Método cartesiano

Século XVII: Período pós-Renascimento, caracterizava-se pela grande quantidade de conhecimento acumulada a partir da retomada dos ideais greco-romanos e da valorização do humanismo. O homem tornara-se mais científico, e a sede pelo saber era insaciável. É neste contexto que surge um dos maiores pensadores ocidentais: René Descartes, o qual brilhantemente revolucionou o pensamento científico, não por as mais importantes descobertas da história, mas sim porque criou um método eficiente para obtenção de todo e qualquer conhecimento científico. 
Sentindo-se incomodado por tudo aquilo que conhecia, porém que não conseguia comprovar com absoluta certeza a veracidade, passou a por em dúvida tudo aquilo que conhecia, já que, segundo o próprio Descartes em "Discurso do Método" (1937, pg. 2) , "(...) talvez não seja mais do que um pouco de cobre e vidro o que eu tomo por ouro e diamantes.". A partir da dúvida, Descartes passa a chegar nas verdades claras e distintas, aquelas que existem naturalmente no cerne humano. A principal delas, a qual simbolizou o ponto de partida de seu método, é a comprovação da existência do ser humano como pensamento, como res cogitans. Se ele era capaz de duvidar, era porque ele pensava. E se ele pensava, isso provava sua existência
 É muito importante ressaltar a importância de Descartes para a Ciência, já que, diferentemente dos céticos, que discordam de todos os conceitos, Descartes apenas utiliza a dúvida como ponto de partida para a construção do saber. E, fazendo isso, inclui a razão de forma máxima na criação de conhecimento. Hoje, talvez graças a Descartes, reconhece-se a importância de se fazer perguntas. Pois o conhecimento não é formado de ideias fechadas e empoeiradas, inerentes ao tempo e às condições sociais. Este é, sim, renovado a cada dia, a cada nova questão levantada, e a cada nova resposta achada. A dúvida é então, a grande ferramenta do sábio, e o conhecimento, sua obra final. 

Daniela Antônia Negri - 1o ano Direito- Diurno.