terça-feira, 15 de abril de 2014

Reforma da Sociedade

Em meados do século XIX, quando a sociedade fervilhava com novas teses e teorias a cada dia, um filósofo se destaca ao propor uma nova filosofia totalmente baseada no conhecimento científico, o positivismo.
Augusto Comte, ao julgar que todo o conhecimento deve servir para o progresso humano, propunha uma profunda reforma no pensamento e a supervalorização da ciência e de tudo que pudesse ser cientificamente comprovado. Para isso, o filósofo reclassificou as ciências de acordo com sua ordem de importância, sendo a matemática a menos importante e a sociologia a mais importante. Também propôs uma reforma na educação, rompendo com o isolamento das matérias, criando assim, certa interdisciplinaridade entre os conteúdos estudados nos centros acadêmicos.
O positivismo possui duas propriedades fundamentais:
  • Estática: condições orgânicas básicas para o ser humano; como propriedade, família, linguagem.
  • Dinâmica: condições para a evolução da sociedade; como um Estado forte.
Comte também divide o progresso da sociologia em três estados diferentes:
  • Teológico: em que a explicação para os fenômenos é pautada no misticismo e no sobrenatural.
  • Metafísico: em que há o surgimento da argumentação para a explicação dos fenômenos.
  • Positivo: em que a explicação dos fenômenos é pautada na observação e comprovação destes, visando sempre o bem da humanidade.
Para o pensador, existe uma ordem social que rege a civilização. Quando um fenômeno vai contra essa ordem ocorre um estranhamento na sociedade. Dois bons exemplos disso são as manifestações de junho de 2013 e a greve dos garis no Rio de Janeiro durante o carnaval de 2014.
Augusto Comte acreditava que a filosofia positiva iria transformar a sociedade em uma sociedade positiva, porém, apesar de muito bem aceito por muitas décadas, o positivismo nunca atingiu seu objetivo de reformar toda a sociedade.

Yeda Crescente Mela,
1º direito diurno

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