terça-feira, 15 de abril de 2014

O positivismo de Comte

 Augusto Comte, tido por muitos como pai da sociologia, teve grande importância no desenvolvimento das ciências humanas. Iniciou seus estudos sociais em uma época notória, na qual a industrialização revolucionava a organização da sociedade, iniciando um processo de urbanização e de mudança na cultura, passando essa de uma cultura familiar e regional para uma capitalista e industrial.
    O positivismo, proposto por Comte, se fez díspare por tratar a sociedade como um objeto de estudo sujeito à Ciência, não sendo superior a essa (como muito ocorria devido à tradicional visão antropocêntrica). As leis responsáveis por manter a coesão social seriam, portanto, tão rígidas quanto as leis naturais (tais como a gravidade, por exemplo), o que permitia um estudo mais objetivo e livre da obscuridade, que tanto acompanhava as Ciências Humanas.
  Ainda se fundando no cientificismo, é proposta uma teoria responsável por classificar e separar as ciências com base em seu nível de desenvolvimento. A chamada Teoria dos Três Estágios (ou Teoria dos Três Estados) as divide , de forma progressiva, em teológicas, metafísicas e positivas. Aquelas ciências tidas como teológicas buscam a origem e o fim dos fenômenos, sugerindo que ambos seriam frutos de um agente sobrenatural, uma divindade. Aquelas que atingiram o estado metafísico se livram dos aspectos sobrenaturais, os substituindo por forças abstratas. O estágio final, dito positivo, abdica dessa busca em busca de leis efetivas, que auxiliam na compreensão do fenômeno em questão.
  É importante ressaltar que a passagem pelos três estágios se faz necessária. Caso uma ciência surgisse já no estado positivo, não haveria a formação de conhecimentos básicos e gerais, ocorrida nos estágios precedente. Dessa forma, Comte propõe a evolução do conhecimento, que possibilita a aproximação de uma verdade absoluta.

Victor Bernardo C. Dantas - Turma XXXI - Direito Diurno

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