sexta-feira, 18 de abril de 2014

Maturidade científica

Por que a gente espirra?
Por que as unhas crescem?
Por que o sangue corre?
Por que a gente morre?”
A música “Oito Anos” da Adriana Calcanhotto é inspirada nas perguntas do filho da cantora, quando ele ainda tinha a idade do título, oito anos. Segundo Comte, há uma marcha progressiva do espírito humano, e o garoto tentaria respondê-las de acordo com três estados históricos.
Primeiramente, o estado teológico, em que agentes sobrenaturais responderiam as questões. Por exemplo, o dente caiu porque a fada do dente precisava dele. Trazendo para o lado histórico, a Grécia também tentava responder suas dúvidas através de deuses mitológicos: Zeus, Hades, Poseidon, todos responsáveis pelos fenômenos naturais. Em um estado de transição, o filho de Adriana poderia tentar responder suas dúvidas através de forças abstratas, ou o estado metafísico. Ele não acreditaria em fadas ou deuses mitológicos, mas até adquirir o verdadeiro conhecimento, seria suficiente entender que existiria alguma força da natureza.
A partir da escola, da sistematização dos estudos, a filosofia positivista marcaria o amadurecimento do espírito de Gabriel, ou, sendo mais abrangente, da sociedade humana. O estado científico, o terceiro e último, o levaria a entender suas questões com raciocínio e empirismo. Procuraria a entender não as causas das forças, pois muitas vezes são insolúveis, mas sim as leis que regeriam seus fenômenos.

A ciência se torna o único conhecimento possível, o único válido. Seria responsável no sentido de descrever e prever os fatos, e entender e responder as questões da humanidade

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