segunda-feira, 7 de abril de 2014

A teoria de Bacon e suas aplicações

    Filósofo e político inglês do final do século XVI e começo do século XVII, Francis Bacon presenciou mudanças ideário-políticas na sociedade em que estava inserido, como bem, o surgimento de uma nova classe social, a burguesia. Dessa maneira, a maior dinâmica do quadro social em questão serviu como plano de fundo para um novo pensamento acerca da ciência.

     Assim como Descartes, Bacon critica a filosofia tradicional aristotélica, pois essa não atua de modo a preservar o bem-estar do homem, ou seja, não apresenta utilidade prática para a vida desse. Atrelado à isso, a concepção baconiana de ciência afirma só ser possível uma interpretação válida da natureza se tal for fruto de exploração e processos experimentais.   

      Sua máxima “saber é poder” pode ser analisada sobre diversas teorias. Uma delas está relacionada à posição que a Inglaterra ocupava à época vivida pelo autor. Por deter maior poderio bélico e formas de produção de tecido mais avançadas, a conquista inglesa sobre países como a Índia se baseou em ideias que sobrepujavam uma cultura à outra. Em contrapartida, a relação entre saber e poder também pode ser observada levando-se em consideração os estudos e comprovações teóricas como formas de dominação de determinado assunto por um estudioso.

        Tal perspectiva empírica acerca dos fatos está presente também na ciência moderna do direito, que por sua vez se vale da prova para se chegar a uma conclusão. Nesse sentido, tanto para Bacon como para a ciência jurídica, teoria e prática devem estar atreladas para que se conheça a verdadeira realidade. 


Marilana Lopes dos Santos - 1º Ano Direito Diurno 

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