segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Manifesto 2.0

      A transfiguração da sociedade é posta à mesa desde os primórdios de nossa existência. A Rousseau, os problemas iniciam-se com o nascimento da propriedade privada. Marx em seus estudos analisa essa sociedade alicerçada na propriedade, pela importância que esta ganhou após a Revolução Francesa. Nesse mesmo enredo, a Revolução industrial instituía um novo modelo de vida, uma nova forma de trabalho, um novo ritmo social.
      Ao contrário do que muitos pensavam, Karl Marx vislumbrou uma oportunidade ímpar rumo à (r)evolução da sociedade. Os maquinários e a velocidade permitiram ao homem produzir em abundância e com menores esforços.
Entretanto, essa revolução foi alavancada pela burguesia insurgente que, com mãos de ferro, submete(u) o trabalhador a condições deploráveis no trabalho. Karl Marx idealizou portanto uma solução plausível e possível à época: "Proletários de todo os países, uni-vos". Esta frase pertence à última parte do Manifesto Comunista, livro de co-autoria com Friedrich Engels. Claro, o poder nas mãos do trabalhador seria a chave à abertura das portas do bem estar geral. Porém, Marx não contemplou tal fato em vida.
       Ao longo de 16 décadas, a mesma fórmula proposta por Marx e Engels nessa obra tornaram-se obsoletas e, naturalmente, devem ser revistas. No Manifesto, propuseram a ditadura do proletariado, alcançada esta ainda que pela utilização de armas (não tão difícil à sociedade em que viviam). Hoje, com o avanço desenfreado da indústria armamentícia, um Revolução armada torna-se cada vez mais improvável. O proletariado não possui controle de armas de grande poder destrutivo.
       Assim, vê-se a necessidade de uma revisão nas propostas do Manifesto, pois, ao passo que naquela época rompeu a utopia pelo cientificismo, hoje o método da transição/evolução capitalismo>socialismo presente na obra é cada vez menos possível.

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