domingo, 14 de abril de 2013

Ídolos: louvar ou evitar?

Ídolos são aquelas figuras divinas, porém inalcançáveis  a que tanto idolatramos, ou seja, para nós, sinônimo de um ideal a ser admirado. Já para o pensador Francis Bacon, ídolos são o antônimo do significado atual na medida que representam as falsas noções a que somos submetidos.
Em meio a isso, o ídolo mais interessante é o da caverna, o qual resulta da própria educação e da pressão dos costumes uma vez que acreditamos veemente no que nossos sentidos nos mostram. Para provar isso, lembremos do famoso ''Mito da Caverna'' de Platão, segundo o qual alguns homens passam toda a vida acorrentados numa caverna e submetidos a verem apenas as sombras dos objetos, sombras estas tidas como verdades absolutas. O exterior da caverna cuja representação suprema é o Sol (conhecimento) nem é percebido por estes homens, a alienação imposta a eles os deixam alheios às verdades as quais só são alcançadas através dos estudos, da filosofia. Parece uma historia primitiva, mas há hoje milhares e milhares de indivíduos acorrentados a ilusões e estáticos em meio ao controle dos dominantes.
Assim sendo, até que ponto nossas percepções nos enganam? O homem da caverna que se libertou da ignorância em busca do Sol foi brutalmente morto quando tentou convencer seus compatriotas da verdade. Logo o ídolo é o homem que foi morto ou as correntes que prendiam os vivos? Basta escolher o conceito certo e a sua palavra exata.


Marcela Helena Petroni Pinca - direito diurno

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