segunda-feira, 25 de março de 2013


Um mundo menos mecanicista

  Observam-se as constantes mudanças existentes no mundo, principalmente na evolução dos pensamentos sejam eles filosóficos ou não.  No filme “Ponto de Mutação” de Bernt Capra, três personagens com seus diálogos bastante engrenados nos fazem alcançar uma nova visão de mundo. Entre eles encontra-se um político dos Estados Unidos, uma cientista que se sentiu enganada pelo projeto Guerra nas Estrelas e um escritor um tanto desiludido. Os personagens se encontram em um castelo medieval no litoral francês e engrenam discussões e questionamentos sobre alguns pensamentos filosóficos, físicos e políticos.
  Nas discussões sobre o papel dos mecanismos que regem o mundo, abordam a evolução do pensamento humano, passando por Descartes e chegando aos nossos dias, onde vemos os líderes, pensando de forma mecanicista, uma visão de que para se alcançar a verdade de algo é necessário dividi-lo em partes e assim obter ideias claras e distintas, quando, na realidade, segundo a cientista, deve-se buscar uma visão unificada do todo, não basta compreender uma parte, se o restante for desconhecido.
Nota-se que o filme sugere mudanças e renovações em todos os campos e para isso o homem precisa deixar o individualismo e utilizar a percepção menos induzida, ele apresenta também reflexão sobre as bases da existência e da integração do pensamento e das ações compassivas no contexto do desenvolvimento da sociedade.
  No final entende-se que a sobrevivência humana, ameaçada por várias ações igualmente humanas advindas de uma visão de mundo mecanicista e fragmentada, só será possível se formos capazes de mudar radicalmente os métodos e os valores da nossa cultura individualista e materialista atual. E o filme também propõe uma série de questionamentos, principalmente, referentes aos rumos da ciência moderna.

Emmanuelle Nasser Dias e Silva
1° ano Direito Noturno


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