Este é um espaço para as discussões da disciplina de Sociologia Geral e Jurídica do curso de Direito da UNESP/Franca. É um espaço dedicado à iniciação à "ciência da sociedade". Os textos e visões de mundo aqui presentes não representam a opinião do professor da disciplina e coordenador do blog. Refletem, com efeito, a diversidade de opiniões que devem caracterizar o "fazer científico" e a Universidade. (Coordenação: Prof. Dr. Agnaldo de Sousa Barbosa)
domingo, 17 de março de 2013
Eu comi X-Bacon
Novum Organum de Francis Bacon não foi pioneira ao questionar ideologias e métodos de seu tempo. Mas foi a desbravadora ao estabelecer com êxito raízes em diversos campos da ciência, dando preferência à "Descoberta Científica" sob o mero "Cultivo das Ciências".
Além disso, a obra permitiu a criação do fértil Método Científico, ao especificar as dificuldades e ferramentas necessárias ao progresso que se estagnava no século XVII. Para Bacon, a humanidade de sua época era como um indivíduo doente. Passava os dias em sua cama, perdido em ricos pensamentos para satisfação própria mas estéril em obras para a sociedade. Assim, caracteriza sua obra como o remédio capaz de inverter tal condição, proporcionando a "Cura da Mente".
Apesar da obra ser antiga, está longe de ser considerada ultrapassada. Até onde agimos majoritariamente no âmbito da satisfação pessoal em detrimento de resultados e progressos efetivos? Através dessa perspectiva, quantos seguem a máxima: "Consumo, logo existo"?. "Pois, se todos os homens se tornassem da mesma forma insanos, poderiam razoavelmente entender-se entre si". Além disso, como salientou Bacon: " [...] antecipações são de muito mais valia para lograr o nosso assentimento, que as interpretações...". E é necessário um método para se afastar os "ídolos", as falsas percepções, que obstruem o acesso a "verdade".
E assim, como o título deste texto: Pode ser verdadeiro, pode ser conveniente momentaneamente, mas a falta de método me faz distanciar do progresso e do meu objetivo. Afinal, a satisfação a curto prazo é conveniente, fácil. Já o progresso e frutos a longo prazo, este é algo penoso, e pra isso, exige algo maior, exige um método. Um método que: " Consista em estabelecer os graus de certeza, determinar o alcance exato dos sentidos e rejeitar na maior parte dos casos, o labor da mente...".
João Victor Cruz - 1 ano Direito Diurno/Noturno.
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