segunda-feira, 10 de setembro de 2012

A modernidade nos levando à coesão banal


Estudando o tempo moderno em que vivemos, podemos verificar que na sociedade moderna a coesão não mais está mais baseada em algum ideal comum nos conscientes coletivos que as une, mas sim por necessitarmos de outro ser para o perfeito funcionamento do organismo social. Essa teoria da ”solidariedade orgânica” que Durkheim analisa em sua obra nos mostra como a sociedade evoluiu da pré-modernidade para a modernidade, e nos esclarece como a sociedade atual convive e se mantém unida.
Em seus estudos, Durkheim nos mostra que com a evolução da sociedade, o modo como esta se mantém unida modificou, pois antigamente nas sociedades pré-modernas existia certa homogeneidade em relação a preceitos, e que somente pela união da sociedade que haveria êxito na esterilização do ser estranho que está prejudicando o perfeito funcionamento social.
Com o advento da modernidade, os elementos da sociedade passaram a ser mais individualistas, principalmente graças à divisão do trabalho que Revolução Industrial trouxe, e assim, não há a união que existia anteriormente, e o corpo social necessita de outro meio para se manter unida. Ademais, com a modernidade e a divisão do trabalho as funções de cada um tornaram-se mais especificas, e essa especificação deixou as pessoas mais dependentes umas das outras, pois agora o trabalho é realizado por alguém especializado apenas em um tipo de função, diferentemente de antigamente que o profissional valorizado era aquele que tinha um conhecimento amplo em vários setores, embora conhecimento este superficial. Esta dependência que os membros da sociedade possuem uns com os outros que na modernidade é que faz com que o corpo social mantenha-se unido.
Analisando o texto de Durkheim, vemos como os motivos de união da sociedade alteraram-se no decorrer dos tempos, e que com a modernidade os homens tornaram-se muito mais individualistas e dependentes uns dos outros, fazendo com que os ideais não sejam o principal motivo para unir a sociedade, e sim uma simples necessidade individual de sobrevivência.



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