segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Progresso paradoxal

     Com o desenvolvimento da indústria houve o agravamento da luta de classes, na qual sempre estiveram como protagonistas a classe burguesa e o proletariado. A massa operária via seu trabalho sendo substituído por máquinas e, simultaneamente suas condições de trabalho tornando-se cada vez mais precárias.
     A industrialização substituía o homem pela máquina, o capitalismo agravava as desigualdades sociais; aquilo que chamavam de progresso parecia ser crescentemente prejudicial à classe trabalhadora. Porém, todo o desenvolvimento elaborado e “patrocinado” pela burguesia finalmente serviu como benefício do proletariado.
     O Capitalismo, fruto de uma criação da burguesia, acabou por auxiliar a mobilização da classe operária. A partir do desenvolvimento tecnológico e do meio técnico científico informacional as massas do proletariado podem se organizar de forma virtual, através da internet, sem a necessidade de se reunirem pessoalmente, o que no passado chamava a atenção da burguesia que se manifestava contra as mobilizações antes mesmo destas se consolidarem.
     Hoje os sindicatos planejam e organizam sua greves e seus manifestos através das redes sociais, muitas vezes se protegendo pelo anonimato inclusive, encurtando as distâncias físicas entre os participantes, e divulgando seus  “planejamentos” através da instantânea internet; o que gera o recrudescimento das mobilizações e a adesão de mais simpatizantes.
     De certo modo, pode-se dizer que o Capitalismo, por fim, acabou por arraigar a luta de classes. E, pra ser sincera, antes a luta do que a submissão. Lutar por aquilo que acredita significa buscar o que se pensa ser o melhor.

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