Este é um espaço para as discussões da disciplina de Sociologia Geral e Jurídica do curso de Direito da UNESP/Franca. É um espaço dedicado à iniciação à "ciência da sociedade". Os textos e visões de mundo aqui presentes não representam a opinião do professor da disciplina e coordenador do blog. Refletem, com efeito, a diversidade de opiniões que devem caracterizar o "fazer científico" e a Universidade. (Coordenação: Prof. Dr. Agnaldo de Sousa Barbosa)
segunda-feira, 4 de junho de 2012
Engels inicia sua obra “do socialismo utópico ao socialismo científico” fazendo uma breve leitura da revolução Francesa. Inicialmente a exalta, porém ao fim a critica dizendo que a tão sonhada liberdade defendida pelos revolucionários foi simplificada apenas a liberdade econômica, que por sua vez resultou na exploração extrema da mão de obra.
Engels então pinça algumas obras na história que em sua visão vieram em resposta à exploração das classes vulneráveis. Chama tais obras de socialismo primitivo e as caracteriza como utópicas, numa clara alusão a Thomas Morus. O autor defende que estas obras partem de uma abstração que desconsidera o percurso histórico e os dispositivos sociais, como se a burguesia facilmente fosse aceitar uma socialização dos meios de produção.
O autor então propõe seu método que busca fazer uma leitura material da história e do capitalismo, este método procura se opor ao metafísico e tem por finalidade situar o socialismo “no terreno da realidade” assim como próprio Engels diz. Método este denominado “Materialismo Dialético”.
A obra “do socialismo utópico ao socialismo científico” faz uma proposta completamente racional e gradual de transformação social. Após leitura feita me parece que muito dos movimentos que dizem partir desta visão, não agem de maneira coerente. É necessário que realmente se faça a leitura desta obra, para que as lutas sociais não continuem escorregando eternamente em uma poça de idealismo enquanto as classes desamparadas continuam na mesma condição.
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