segunda-feira, 18 de junho de 2012

     No contexto em que o desenvolvimento da tecnologia sofre avanço desenfreado, fazendo surtir em campos como a informática e a robótica um impulso nunca visto antes, sentimos o futuro invadir nossas vidas. Resta saber se ele vem a favor ou contra a humanidade.
     Em sua obra de maior destaque -"O Capital"- Karl Marx descreve, em um tom que pode ser confundido com o fascínio, o avanço das máquinas derivadas da Revolução Industrial expondo sua eficácia e poder naquele novo momento histórico. O faz sem deixar, claramente, de dar destaque ao plano social e humano que figuravam entre as consequências de tais avanços.
     Do mesmo modo, surge a necessidade de ponderar essa nova modernidade que nos afeta, uma vez que vem se revelando uma modernidade para poucos.
     Isso se revela não apenas no quesito financeiro, onde poucos são capazes acompanhá-la materialmente, mas no plano social.
     Apesar dos avanços da medicina, em muitos países ainda ocorrem mortes por doenças simples de serem tratadas e há alta taxa de mortes entre os que não completaram cinco anos de idade. Apesar das técnicas de produção e agricultura estarem cada vez mais apuradas, o problema da fome persiste sem solução.
     Parece haver essa dialética entre a modernidade e a barbárie, onde há sempre a preservação de uma alta parcela de excluídos.


    


  Renan Silveira

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