segunda-feira, 14 de maio de 2012

Durkheim, Nietzsche e o Último Homem


O Fato social condiciona a ação humana, unifica e torna o homem socialmente homogênio. Tal homogeneidade garante (ao menos na maior parte dos casos) que padroes de ação socialmente desejáveis sejam reproduzidos. Pode-se conhecer de onde alguém vem, a que parte da sociedade pretence, ou até mesmo seus valores, de acordo suas vestimentas, sua fala, sua história, que refletem fatos sociais. Não obstante ao caráter pragmático, que possui vantagens positivas, cabe a pergunta sobre o limite e a real pertinência de uma cultura na qual a coersão social possui grandes proporções. Não seria uma total aniquilação do que existe de realmente humano, criativo, de essencialmente nosso em troca de uma ilusória segurança?
Nietzsche, em Assim falou Zaratustra, indica os problemas da natureza do homem pequeno e massificado, onde não há “nenhum pastor, e só um rebanho! Todos querem o mesmo, todos são iguais: o que pensa de outro modo vai por seu pé para o manicômio”.
Mas não é demasiado pequeno se resignar a reprimir os próprios instintos, a própria honestidade consigo mesmo, em troca da compania homogênea do rebanho? A que preço?

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