segunda-feira, 14 de maio de 2012

A continuação do pensamento positivista de Durkheim




Durkheim, no desenvolvimento de seu pensamento positivista, acredita que a explicação dos fatos sociais não está vinculada a necessidades sociais imediatas, ou seja, ele é derivado de vontades que regem a sociedade há tempos. Além disso, as instituições, para ele, não teriam surgido do nada, mas sim dessas necessidades, que se adéquam ao organismo social.
Outro fato interessante desse pensamento relaciona-se a divisão do trabalho: esta seria um exemplo de um condicionamento interno que molda as ações sociais. Comparando a sociedade com um corpo, podemos dizer que cada indivíduo exerceria uma função exata, assim como os órgãos no corpo, para que funcionasse o organismo social.
A sociedade, porém, não seria a soma das consciências individuais. Estas não explicariam o caráter absoluto (geral) dos fatos sociais, ou seja, não seria somando tais aspectos que chegaríamos a explicação do fato social, mas este se encontraria enraizado em outro fato social, e sua explicação adviria das ações internas da sociedade.
Por fim, notamos que no pensamento de Durkheim não existiriam conexões causais que explicassem os fenômenos sociais, senão uma faculdade virtual que impeliria a história para frente. Além disso, ele critica a concepção de sociedade de Hobbes (na qual a sociedade necessita de uma autoridade à qual todos os membros devem render o suficiente da sua liberdade natural) e Locke (neste a sociedade trata-se de um direito natural inalienável).


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