sábado, 5 de maio de 2012

Ao ler as teorias de Émile Durkheim, é possível perceber sua semelhança com o pensamento de Augusto Comte. Entender a sociedade como organismo coletivo, distanciamento do objeto de estudo, entre outros, são exemplos de ideias compartilhadas por ambos. O chamado "pós-positivismo" de Durkheim, no entanto, apresenta certas teses que vão um pouco além da teoria positivista de Comte.
Uma dessas teses diz respeito à organização da vida em sociedade. Para ele, cada instituição social, seja ela a escola, a igreja, a família, tem um papel que, quando não exercido da maneira esperada, causa danos à sociedade como um todo. Esse pensamento é, na verdade, bem atual. Peguemos como exemplo uma pessoa condenada por homicídio. Para entendermos o que a levou a cometer tal crime, é necessário buscar a raiz do problema, não de forma superficial, mas de onde tudo começou. Será que ela foi parte de uma família bem estruturada? Teve uma infância saudável? Frequentou uma escola? Qual a estrutura dessa escola?
Não é difícil perceber que várias pessoas falharam, várias instituições não exerceram seu papel como deveriam. Assim como diz Durkheim em sua obra, é preciso detectar as patologias, as falhas das "partes", pois, só assim, o "corpo", que é a sociedade vista como coletivo, como um só organismo, poderá funcionar de forma organizada.

Maria Cláudia Cardin- 1º ano Direito diurno

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