domingo, 15 de abril de 2012

Entre o pensamento e a ação


A obra ‘Ponto de Mutação’ levanta vários questionamentos, como a questão da homogeneidade dos elementos, da interrelação entre os seres vivos, o mistério entre o macro e micro, a questão ambiental devido às posturas humanas, porém o fator mais intrigante, em minha opinião, é o abismo que se encontra entre o que se pensa e o que se faz.
            Apesar de feito na década de noventa as discussões são extremamente atuais, entretanto as grandes mudanças positivas que poderiam ser feitas, estão ainda no âmbito do pensamento, se assim como Aristóteles somos capazes de grandes considerações e conclusões filosóficas sobre como melhorar a vida temos também que nos ater à filosofia Baconiana e positiva, em que nada disse tem valia sem o real uso, sem a necessária transformação social.
 Se somos todos, seres pensantes de dentro das salas de aula, dos escritórios, das salas de reuniões, o maior erro é ao sairmos delas deixamos  para trás todo o conhecimento e voltamos à sociedade como mais alguns Homo sapiens sapiens, que de ‘possuidores do saber’ na realidade não temos nada. Possuímos conhecimento em abundância, mas não temos sabedoria o suficiente para o utilizarmos em prol da própria sobrevivência.
A nova visão de mundo dita durante o filme, já existe, não é a mais disseminada ou aceita, mas ganha adeptos a cada dia, e qual o valor disso se não a colocarmos em prática? Uma das personagens principais da obra citada é um político que com a visão prática de mundo tenta colocar a física, e suas idéias, dentro do sistema político, porém não se tem certeza se acontece. Da mesma maneira diálogos e discussões foram feitos no período clássico e paralelamente também foram deixados no papel. Que sejamos sábios, e capazes de aprender a mudar o pensamento, e principalmente, de transformá-lo em ação.

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