domingo, 18 de março de 2012



O desencantamento do Mundo.


          Descartes e seus pensamentos foram sem dúvida de suma importância para o avanço dos conhecimentos antes mistificados e imprecisos. Seu método revolucionou o mundo científico e esse pensador contribuiu para que a humanidade avançasse muito em tão pouco tempo. Porém, a sociedade hoje passa por um processo de desencantamento. A utilização excessiva da razão já foi questionada e a pós modernidade viu em sua formação uma série de golpes contra a razão e a ciência que, por décadas de prosperidade, foram mais importantes que a religião.
          Mas além do desencantamento com a ciência, Darwin com o evolucionismo, por exemplo, e Nietzsche, já golpearam o encantamento em relação a existência de Deus ( que para Descartes era lógica). Nietzsche em livros como “Deus está morto”, se coloca contra religião, contra o cristianismo e ainda afirma que o homem perdeu sua honra e dignidade quando aprendeu a perdoar e seguir os preceitos cristãos. 
          Em contrapartida, Einstein traz uma compreensão física com desdobramentos para as ciências humanas. Sua teoria da relatividade mostra-se uma arma contra o totalitarismo. Ele também traz uma conjugação de ciência e religião, o que provoca uma dúvida: duas visões tão antagônicas poderiam estar juntas? Não seria algo irracional?
          A resposta pode se aproximar de algo como: é impossível enquadrar o mundo e o homem somente na razão. A teoria da complexidade de Edgar Morin que defende que o homem é complexo e que para entendê-lo precisamos recorrer a todas as suas formas de experiência (medicina, religião...) parece dar um pouco de sentido a algo tão abstrato.   
          Fácil seria se tudo coubesse no plano cartesiano com coordenadas que indicassem o que é correto. O mundo não é racional, algumas pessoas podem tentar fazer com que ele o seja, mas elas também estão fadadas a lidar com todos os imprevistos da existência. Há aqueles que encaram a angústia de viver na incerteza, de maneira positiva, outros sedem ao fanatismo e intolerância. Um exemplo foi o atentado ao Wolrd Trade Center em 2001.
          Em meio a tudo isso, alguns acreditam que mesmo com toda a intolerância, o mundo está melhor e menos violento. É o caso do psicólogo Steven Pinker, que traz dados e números que confirmem essa visão. Enquanto céticos acreditam que a sensação de paz que achamos que vivemos hoje, se dá ao medo e a paranóia do que pode vir a acontecer. E tudo isso se junta na incerteza do mundo pós moderno que traz inúmeras controvérsias e infinitas discussões.  

Guilherme Jorge da Silva Gravatin
Direito - 1˚ ano
Diurno

Nenhum comentário:

Postar um comentário