Este é um espaço para as discussões da disciplina de Sociologia Geral e Jurídica do curso de Direito da UNESP/Franca. É um espaço dedicado à iniciação à "ciência da sociedade". Os textos e visões de mundo aqui presentes não representam a opinião do professor da disciplina e coordenador do blog. Refletem, com efeito, a diversidade de opiniões que devem caracterizar o "fazer científico" e a Universidade. (Coordenação: Prof. Dr. Agnaldo de Sousa Barbosa)
segunda-feira, 20 de junho de 2011
Ver o todo para haver futuro
A discussão principal parte da visão cartesiana (principalmente do método científico de René Descartes) e sua influência na ciência e na sociedade. Em seu livro anterior, "O tal da física", Capra analisa proximidades entre a ciência ocidental e o misticismo oriental. Seu insight ocorreu numa praia, onde diz ter passado a perceber na prática toda a teoria física que detinha. Defende maior interdisciplinaridade na construção do conhecimento científico para acabar com a alienação intelectual.
Em "Ponto de mutação", a discussão parte da visão científica de Descartes para o caos político contemporâneo. O método cartesiano (de divisão até a menor parte possível para maior compreensão) aumenta conhecimento técnico, mas dilui a visão do todo e de longo prazo.
A consequência disso é a deturpação do conhecimento, não só pelo modo de produção capitalista, mas também pela ausência de consciência coletiva na formação das pessoas. A ciência serve ao desenvolvimento econômico mais que ao desenvolvimento humano. Os indivíduos pensam mais no presente que no futuro.
Para Capra, a ciência (e consequentemente o mundo) perdeu um aspecto importante da visão de Francis Bacon: o homem deve agregar conhecimento e gerar tecnologias em função da melhoria da qualidade de vida. O conhecimento nos deve ser útil. No filme, a física "aposentada" Sonia comenta sobre tribos indígenas da América do Norte que pensavam sempre na sétima geração depois da sua para realizar qualquer ato. Essa compreensão de sociedade e de futuro aponta um caminho mais seguro para o desenvolvimento.
No mundo contemporâneo, falar sobre a Teoria dos Sistemas parece inviável. Hoje a organização e o funcionamento do mundo já são muito diferentes de quando Capra escreveu seus livros (mais de 20 anos atrás). Já não se distingue o que é vontade do sistema econômico do que é vontade humana, nem o que é coletivo do que é individual. As fronteiras são cada vez menos identificáveis e a proposta de sustentabilidade se confronta com o desejo insaciável - tanto da economia quanto das pessoas - de crescimento e o que aparenta ser evolução.
A proposta defendida por Capra requer simplesmente que aceitemos o desenvolvimento refreado e sustentável da ciência e da sociedade. É muito simplista reduzir todos os problemas contemporâneos à pergunta: "De que adianta o progresso econômico e tecnológico se não houver mais planeta para os desenvolver?". As instituições criadas pela sociedade excedem a realidade social. Não se muda um modo de produção instantaneamente. Mas a sustentabilidade ainda é encarada como abstração. E a resposta àquela pergunta será sempre a mesma: adianta de nada. É preciso que aprendamos que o planeta é um só e também nós, humanos, somos parte de seu sistema, e que não é preciso ferir a individualidade para garantir o bem coletivo. Para desenvolver conhecimento, tecnologias e conforto, não se precisa destruir o meio.
Proletários do Mundo... ah, deixa pra lá.
- Os autores mostram que apesar das revoluções francesa e industrial, a exploração a que a classe trabalhadora estava submetida continuava, e ainda intensificada, pois o Estado Liberal, limitando o sufrágio, servia de instrumento de dominação burguesa, ao passo que as máquinas, ainda que otimizando a produção, apenas aumentavam o trabalho, sem benefícios para os trabalhadores. O capitalismo, assim, mesmo tendo alterado as estruturas política e de produção, não representava melhora nas condições de vida dos mais pobres em relação à idade média.
- A tensão gerada pela diferença de riqueza entre capitalistas e proletários culminaria numa violenta revoltas destes, resultando na revolução socialista ou na ruína geral da sociedade. O Estado Socialista seria instalado por uma ditadura da elite do proletariado, que cuidaria de estatizar os meios de produção, proibindo a propriedade privada dos mesmos, iniciando a produção coletiva com distribuição igualitária.
- O Socialismo, nos moldes do manifesto, nunca chegou a realizar-se, pois foi planejado para instituir-se em países onde o capitalismo estivesse bem desenvolvido, como a Alemanha, mas a revolução acabou acontecendo em paises menos desenvolvidos, como a Rússia, que em 1917 ainda era praticamente feudal.
- Atualmente, com a globalização do capitalismo e a "regionalização" dos sindicatos, o ideal socialista encontra-se moroso, pois o proletariado não é tão romanticamente consciente, unido e engajado como propunha que o fosse o Manifesto, devido em parte à inconsciência a que a maioria dos trabalhadores está submetida por esse sistema alienante, mas em parte também devido às seduções do capitalismo e a própria corrupção do gênero humano, que mostra-se cada vez mais identificado com esse sistema selvagem.
A Consciência do proletariado ecoa
Sua crítica ao estado liberal é realmente muito forte, analisando-o de tal forma que esse seria o instrumento principal da opressão burguesa. As suas concepções foram tomadas como base para diversas revoltas operárias no final no século XIX, entre as principais concepções da corrente marxista encontra-se a divisão de estrutura e superestrutura, aquela determinante e atuante em toda relação e essa última determinada pela primeira. A estrutura seria o conjunto de forças econômicas agindo constantemente e para Karl Marx a transformação deveria ser feita nela e assim afetaria todo o sistema. A superestrutura englobaria desde o Estado até as relações religiosas, de cunho jurídico, social e cultural. É importante ressaltar que o controle do poder político deve ser tomado pela elite do proletariado como forma de alterar o substrato econômico.
O slogan político "Trabalhadores de todo o mundo, uni-vos!", um dos mais famosos gritos de protesto do socialismo, vem do Manifestto Comunista, de Marx e Engels. A real tradução é normalmente tida como "Proletários de todos os países, uni-vos!". É algumas vezes estendida para "Trabalhadores do mundo, uni-vos, vós não tendes nada a perder a não ser vossos grilhões", misturando as três últimas frases do Manifesto Comunista. A máxima socialista foi adotada como lema da então União das Repúblicas Socialistas Soviéticas, dissolvida no começo da década de 1990.
Guilherme Campos de Moraes
Movimento autoconsciente?
O Manifesto Comunista é uma das mais importantes obras não só para o movimento comunista quanto para as ciências humanas. Nele, Marx e Engels fazem uma análise histórica das sociedades ocidentais. Colocam as lutas entre as classes como força motora da História (exceto no estado primitivo do Homem) e prevêem uma próxima revolução: a do proletariado.
Sob essa visão, haveria sempre uma classe opressora e uma classe oprimida. Assim, o feudalismo, com a hegemonia do nobre, havia sido derrubado pelo burguês, que, por meio da Revolução Industrial, pela mundialização dos meios de comunicação, dos transportes e do comércio e pela conseqüente mudança nos meios de produção, havia passado de oprimido a opressor. Do mesmo modo, o proletariado que nascia no seio do sistema capitalista tomaria o poder por meio de uma revolução. A diferença entre esse novo movimento e os anteriores é a de que todos eles haviam sido movimentos de minoria, enquanto o movimento proletário seria “o movimento autoconsciente, independente da imensa maioria, no interesse da imensa maioria”. O sistema capitalista haveria criado tanto a arma que iria derrubá-lo – o fato de o futuro das forças produtivas ser não mais fomentar o desenvolvimento das condições da propriedade burguesa e tornarem-se poderosas demais a ponto de desencadear crises de superprodução que a burguesia tentaria solucionar com a conquista de novos mercados e com a intensificação da exploração dos antigos, o que pavimentaria o caminho para crises mais extensas e intensas – quanto aquele que iria empunhá-la. Então o novo Estado iria destruir a propriedade privada e, consequentemente, a da exploração do trabalhador por parte dos detentores dos meios de produção.
Porém, que Marx e Engels não previam era a capacidade de adaptação do capital e o poder da globalização, tanto do mercado quanto da ideologia, promovida pelo burguês. Hoje, não há limites políticos ou religiosos que impeçam o mercado de se expandir. Como os próprios autores afirmam, “na sociedade burguesa, o capital é independente e tem individualidade, enquanto que a pessoa viva é dependente e não tem individualidade”. A busca por mais capital e o impulso pelo consumo que movem o sistema não está infiltrado apenas no pensamento da classe hegemônica atual, mas também na da própria classe oprimida, que se encontra deslumbrada e anestesiada pelo crédito e pelos freqüentes lançamentos de novas mercadorias envoltas pelo fetichismo difundido principalmente pelos meios de comunicação de massa - por exemplo, um trabalhador pode não estar tão interessado em organizar-se em prol de transformações no modo de produção quanto em comprar a crédito aquele carro de último modelo que aparecia em uma propaganda saindo de uma cidade de ruas congestionadas e aprisionadoras para uma estrada livre em um ambiente natural, sendo associado ao ideal de liberdade. O mercado, a fim de movimentar capital, e o capitalista, visando o lucro, criam e difundem ideais e modelos de comportamento que induzem o consumo de mercadorias que, muitas vezes, não são realmente necessárias, mas que, ao serem obtidas produzem em nós sensação de satisfação, uma anestesia às injustiças da exploração inerente ao sistema. Eis o novo ópio do povo.
Força Social x Liberdade Individual
Émile Durkheim afirmava que a sociedade se sobrepunha ao indivíduo, já que ela, através de suas instituições, impunha normas coercitivas a este. A estas normas modeladoras ele chamou de “fato social”. Elas têm por objetivo educar e disciplinar. Elas traçam um perfil ideal, com características únicas que identificam seus membros como a ela pertencentes.
Karl Marx criou a teoria do “materialismo histórico”, e por muito tempo ninguém ousou questioná-lo. Weber chegou a dizer que tal visão se tornou um dogma no mundo científico, objeto de fé incontestável, prejudicando o desenvolvimento do pensamento sociológico. De acordo com o materialismo histórico, as relações interpessoais são frutos da condição material da sociedade. “A história de todas as sociedades que existiram até nossos dias tem sido a história das lutas de classes”, nas palavras de Engels e Marx, no Manifesto Comunista. Assim, o homem é levado a agir e pensar devido a sua condição de vida (abundância ou escassez). É o meio externo que define o ser.
Weber dizia que a sociedade era definida pelas ações sociais dos seres. Toda ação que estabelece uma comunicação entre indivíduos é uma ação social. O indivíduo, por sua vez é definido pelas ligações que faz com outros indivíduos. A sociedade é a soma desses indivíduos e suas inter-ligações. E como podemos avaliar tais ações? Classificando-as em quatro categorias, cada uma com características próprias. São elas:
- Ação afetiva: Seria aquela que o indivíduo realiza movido por suas emoções apenas, sem calcular seus efeitos. É impulsiva, guiada por estados sentimentais. Podemos considerar um exemplo disso uma agressão realizada em um momento de nervosismo; mas também uma palavra de amor que escapa naturalmente em determinado momento de carinho.
- Ação Tradicional: Seria a ação que o indivíduo realiza por simples costume, ou hábito. Não possui um sentido importante, trata-se de uma simples atitude de rotina.
- Ação Racional com relação a valores: Diferente das outras duas, esta é feita de forma racional e tem como motivação um valor, algum conceito, visão, crença que a pessoa carrega dentro de si.
- Ação Racional com relação a fins: Da mesma forma que a anterior, é feita de forma racional, porém esta tem como objetivo alcançar um fim determinado. Seria exemplo disso um atleta que compete pela medalha, um trabalhador que busca um bom salário, um estudante que na véspera da prova almeja uma boa nota.
Nessas três visões apresentadas (durkheimiana, marxista e weberiana) onde se deve realizar uma reforma para transformar a sociedade? Para Durkheim, nas instituições que impõem as normas aos indivíduos. Para Marx, através da Revolução, transformar-se-ia a economia, fonte de toda desigualdade existente. Para Weber, a transformação deve ser feita no indivíduo, já que é ele que caracteriza a sociedade.
Cabe aqui um comentário. Será que Weber estava certo? É o homem que, através de seus atos define a sociedade? Eu creio que em condições ideais seria. A sociedade nada mais é do que o conjunto de indivíduos autônomos. Porém, o que vemos é diariamente uma maior padronização dos seres. Alguns, através de normas coercitivas, estabelecem padrões modulares. Estranho ouvir falar em respeito à diversidade, quando todos os diversos possuem o mesmo discurso vazio e demagógico. Interessante quando nos dizem para respeitar opiniões, utilizando-se de um discurso autoritário. Eu realmente possuo meu “Direito de Discordar”? Por que querem me forçar a aceitar algo em prol da “diversidade”? E quanto ao meu direito de expressão? Eu realmente tenho direito a ir para o lado que eu achar correto? Posso me opor a uma legislação especial para os homossexuais sem ser chamado de “retrógrado homofóbico”? Posso me posicionar contra o apoio brasileiro ao governo venezuelano sem ouvir a palavra “imperialista”? Com a sinceridade científica que devemos ter em nossas análises sociológicas, digo que Durkheim estava correto, a sociedade impõe uma fôrma e modela os indivíduos de acordo com sua vontade. E não necessariamente através de instituições, porque o que se vê hoje é uma luta contra as instituições tradicionais.
Eu gostaria que a sociedade fosse como Weber diz, onde indivíduos escolhem as ligações que desejam fazer e realizam suas ações sociais, ainda que às vezes guiados por opiniões alheias, mas sem haver coação. É triste ver que a maioria segue o que é imposto e não faz ideia do “porque”. Eu sinto pena de quem segue a corrente, sem ao menos pensar no que está se passando. Não quero que ninguém se posicione contra algo apenas para não seguir a maioria; todavia, que tenhamos o direito de ser contrários quando assim considerarmos melhor. Enfim, eu sei que poucas vezes me darão este direito de lutar contra a corrente, mas estou disposto a executar minha “ação social relativa a valor”.
Weber e a Sociologia Compreensivista
Weber também acredita na força econômica sobre os homens, contudo, não como uma força única, passível de explicar todas as ações humanas e determina-las de maneira exata. Dando margem para outros fatores de modificação social (como emocionais, tradicionais, os costumes, as superstições) este intelectual alemão dá maior independência ao homem que, segundo ele não é refem do determinismo econômico, ou qualquer outro.
Assim, para a sociologia compreesivista, a regra era não partir de uma receita pre-estabelecida, pois mais vale para o analista social, ao invés de guiar-se por leis, descobrir as diversas dimensões que influênciam a ação humana estudada. Essa vertente do estudo da dinâmica social apresenta grande importância por mostrar-se aberta a análisar os fatos pelo que eles são, sem mascarar a essência do estudo com conceitos deterministas.
A sociologia e as ações
QUEM É O SUJEITO HISTÓRICO?
Max Weber, intelectual alemão, que orientou seus estudos em áreas como o direito e a economia, é tido com um dos pais da sociologia, coloca em sua obra, a‘objetividade’ do conhecimento na ciência social e na ciência política, que a fu
nção essencial da sociologia é a compreensão do sentido da ação social, a qual movida por valores e determinada por um certo sentido.
Entre as críticas encontradas em suas obras estão a crítica à idéia determinista da ciência, ao dogmatismo do materialismo histórico e ao que ele chama de denominador comum do marxismo.
Weber também define o
objeto sócio-econômico em especificamente econômico, ou seja, quando há a ligação às condições materiais de existência a partir de recurso limitados, e em economicamente condicionados e economicamente relevantes.
O autor também classifica a ação social em quatro tipo, sendo elas racional com relação a um objetivo, ou racional com relação a um valor, ou ainda afetiva ou tradicional.
Na obra em questão ainda é lembrado que as leis são o primeiro passo na análise dos objetos, sendo necessário que posteriormente seja feita a análise das combinações de fatores, que existam conexões anteriores e que haja
a presença se uma constelação de possibilidades, isso porque as leis são os meios e não fins da análise sociológica.
Na visão Weberiana, para que haja a compreensão da significação dos acontecimentos culturais, é necessária uma ferramenta metodológica para a análise, sendo que ela trata de algo objetivamente possível e não correspondente a algo que deve ser, atuando como forma de organizar o caos e complexidade do real, é À partir desse ponto que surge a verdade científica, a qual advém da comparação entre os fatos e o tipo ideal.
Por fim, vale colocar que para Weber, que se preocupou com a essência do conhecimento, baseado em um modo de produção, a sociologia vai além da aparência e de entender a ordem como ela está. Para Weber é necessário que se analise osujeito histórico a partir dos valores que orientam o indivídUO.
HOLDING um mundo.
Na sociedade burguesa as luta de classes foi fruto de toda a sociedade feudal e de seus antagonismos. As corporações e as manufaturas não davam mais conta da produção, com isso surgiram grandes indústrias, responsáveis pelo crescimento dos mercados. Houve toda uma revolução das formas e dos meios de produção. As divergências entre classes não poderiam fugir desse estigma, portanto acompanharam tais mudanças, surgindo novas classes em substituição às antigas.
O rápido e poderoso crescimentos das fábricas se originou, tanto do aumento da demanda interna, quando da demanda externa, uma vez que graças à expansão marítima, houve o aumento dos mercados consumidores, sendo eles o destino principal dos produtos europeus. O aumento da produção acabou por criar a necessidade da evolução dos meios de produção, com isso surgiam à todo instante novas tecnologias capazes de aumentar a eficiência produtiva.
É nesse ponto que surge a figura da burguesia como grande detentora do poder, já que as transformações se originaram da ação da burguesia, a qual suprimiu a preguiça das classe dominantes da era medieval, mostrando toda a capacidade humana de ação e construção. O avanço tecnológico também possibilitou a globalização da produção, ou seja, houve a separação física da matéria prima, da fábrica e do mercado consumidor.
Ao ascender como a grande força econômica, a burguesia passou a representar a base política e social, acabando por se tornar uma espécie de holding, que controlava tudo e todos ao seu redor. Entretanto, tal poder acabou fazer com que ela, afim de maximizar seus ganho e sua produção, passasse à usar cada vez mais o proletariado, o qual se tornou a grande força motriz das máquinas. Os proletários ficavam cada vez mais insatisfeitos com sua situação, e como afirmam os autores, a burguesia com isso, aumentava a iminência de uma revolução proletária, a qual destruiria a primeira.
Foram dadas as bases para tal revolução, entretanto podemos dizer que a burguesia acabou sendo suprimida? NÂO, ou é possível acreditar que as grandes indústrias desapareceram, que a evolução se origina da igualdade, ou ainda que existe a igualdade citada anteriormente? O sistema econômico vigente continua sendo o capitalismo, a exploração continua sendo a base para o lucro da burguesia e o proletário foi engolido, graças ao fetiche por aquilo que produz, se tornado parte do sistema. Em suma, a burguesia continua controlando tudo e todos como se fossem pequenas empresas pertencente a uma holding mundial, a qual tem como único intuito a manutenção seus lucros e seu avanço.
analise um homem, não uma máquina
Análise sob outros aspectos
O capital, o comunismo e o futuro
Na obra, os alemães analisam os conflitos sociológicos historicamente, colocando a luta de classes como o motor da história, estando a classe oprimida em constante conflito com a opressora. Ao transportar essa ideia ao seu tempo atual, Marx e Engels põem a burguesia como classe opressora e o proletariado como oprimida. Exploram a ideia de que a burguesia abusa do proletariado e incentivam o proletariado a reagir ao sistema a ele imposto, esse capitalismo da mais-valia que o corrompe.
O Manifesto incita a revolução proletária claramente na sua célebre frase: "Proletários de todo o mundo, uni-vos!". Mas teria essa indagação feito efeito? O comunismo nunca teve uma aplicação prática eficiente, apesar de várias tentativas. O proletariado, ao contrário do que previa Marx, não conseguiu derrubar o capitalismo e tomar o poder da burguesia.
O capitalismo, ao contrário do pensado por Marx, não foi nem é tão fácil de ser levado abaixo. O que Marx não previu foi a enorme capacidade de adaptação do capital e do mercado às situações mais adversas às suas existências. Apesar de já ter percebido uma leve indicação do que seria a globalização, não imaginava o poder dessa como utensílio do capitalismo para resolver suas crises cíclicas. O maior exemplo disso foi a crise de três anos atrás, que começou e terminou com velocidade tamanha devido à globalização.
Portanto, a doutrina Marxista foi (e ainda é) uma ameaça ao sistema capitalista, e, acima de tudo, é a alternativa superior ao modelo atual. A luta de classes continua, e seu resultado pode tardar, mas virá. O que surpreenderá será a forma que tomará esse resultado, pois o comunismo não será implantado e o capitalismo não continuará.... O que virá então?
“Proletários de todo o mundo, uni-vos!”
Karl Marx, juntamente com Friedrich Engels, em seu fase conhecida como "jovem marx", escreve o " Manifest der Kommunistischen Partei"(Manifesto Comunista), no qual explica brevemente a Ascenção da burguesia, o modo com que esta explora os trabalhadores, os tipos de socialismo e convoca os trabalhadores para unirem-se e fazerem a revolução.
Em seu texto critica a produção capitalista e as conseqüências de organização social que esse tipo de produção causou. Apesar dos contras, o capitalismo é ressaltado como um pensamento revolucionário, pois acabou com a prevalência do poder monárquico e do poder religioso. A camada da população composta por desempregados, mendigos, bandidos, é claramente menosprezada, e que a “revolução” é apenas aos trabalhadores. Sobre o comunismo, logo de início já o compara a um fantasma. Esta comparação é feita pois este seria uma “assombração” para os burgueses e poderosos da época. O Manifesto fala de ontem mas parece dizer de hoje. O desenvolvimento capitalista libera forças produtivas nunca vistas, "mais colossais e variadas que todas as gerações passadas em seu conjunto". O poderio do capital que submete o trabalho é anunciado e nos faz pensar no agora do revigoramento neoliberal: nos últimos 40 anos deste século XX, foram produzidos mais objetos do que em toda a produção econômica anterior, desde os primórdios da humanidade. A revolução tecnológica e científica a que assistimos, cujos ícones são os computadores e satélites e cujo poder hegemônico é a burguesia, não passa de continuação daquela descrita no Manifesto , que "criou maravilhas maiores que as pirâmides do Egito, que os aquedutos romanos e as catedrais góticas; conduziu expedições maiores que as antigas migrações de povos e cruzadas".
Com o objetivo de acabar com essas divergências tão acentuadas entre as classes, Marx e Engels propõe a abolição da propriedade privada, junto aos privilégios burgueses a partir de uma Revolução comunista. O Manifesto Comunista, então, é um convite para todos os trabalhadores se unirem e revolucionarem os atuais meios de produção, visto assim, pelos comunistas, como a solução para pôr fim às desigualdades que permeiam a vida humana.
AVANTE...
O todo e os tipos
Max Weber nasceu na Alemanha, oriundo de família média-alta e teve em sua própria família inspiração para as ciências humanas, posto que seu pai era famoso advogado na época.Para tal autor era importante entender o sentido que as ações de um indivíduo contêm e não apenas o aspecto exterior dessas mesmas ações e além disso segundo Weber, o entendimento desses sentidos contidos nas ações humanas não poderiam ser realizados por meio, exclusivamente, dos procedimentos metodológicos das ciências naturais.
Marx e Engels.....denovo
Portanto me estenderei menos falando sobre esses tópicos nessa postagem.
Como ja sabemos, a história segundo a visão de Marx e Engels, é marcada pela luta de classes, de dominantes e dominados, opressores e oprimidos. O sistema feudal corporativo veio a ser substituido pelo método de produção manufatureiro burguês. Tal fato veio a opor duas classes extremas: burgueses e proletários.
A crescente demanda de produtos trouxe a necessidade de produção cada vez mais eficiente e rápida, assim as máquinas vieram a revolucionar os meios e produção. A burguesia era autora das inovações e revoluções permanentes, fazendo com que todas as novas opiniões se tornassem antiquadas antes mesmo de se solidificarem no seio da sociedade.
Esse constante aperfeiçoamento dos métodos de produção fazem do poder da burguesia uma força capaz de arrastar todos à civilização, às inovações permanentes. Ela transforma e molda a sociedade de uma forma que se torna impossível viver independentemente das inovações, fica impossível viver de outra forma que não seja à imagem da forma burguesa.
As interrelações entre os mercados de vários continentes, os meios de comunicação cada vez mais extraordinários fez com que as indústrias nacionais se tornassem mundiais, ampliando seu dominio até as extensões mais remotas.
É tal o poder dessa classe que ela fez do estado um mero representante dos seus interesses, um gerenciador dos negócios burgueses.
Entretanto, parece que nem a sociedade foi capaz de acompanhar a velocidade das inovações burguesas. A produção ficou cada vez mais rápida, e o mercado seguia praticamente o mesmo. O resultado foi a desgraça da superprodução: a burguesia criou a arma que poderia significar seu próprio fim. Além disso, com toda opressão, brotou do seio da organização burguesa a classe que empunharia essa arma.
A cada vez maior polarização da sociedade só fez crescer a massa trabalhadora, que cada dia mais organizada, devido aos meios de comunicação que a própria burguesia criou, seria a protagonista da revolução salvadora, que eliminaria as classes sociais.