segunda-feira, 20 de junho de 2011

A Consciência do proletariado ecoa

A força motriz de toda relação em uma sociedade, como fica bem claro na obra “O Manifesto Comunista”, é e sempre será a luta de classes, ou seja, essa situação é uma constante. Segundo a visão de Karl Marx e Friedrich Engels, os meios de produção mudaram ao longo do século, mas, entretanto, sem modificar e resolver esse conflito. No final dessa divergência entre as classes, para os autores, sempre ocorreria uma transformação revolucionária da sociedade ou a ruína das classes em conflito. E, mesmo com a implantação de novas tecnologias e com a crise da unidade produtiva feudal e a substituição dessas por manufaturas, logo, mais eficientes, a massa trabalhadora empobrecida foi praticamente obrigada ao êxodo rural para estabelecerem-se na cidade a procura de melhores condições, a mesma situação ocorreria, como um ciclo histórico.

Sua crítica ao estado liberal é realmente muito forte, analisando-o de tal forma que esse seria o instrumento principal da opressão burguesa. As suas concepções foram tomadas como base para diversas revoltas operárias no final no século XIX, entre as principais concepções da corrente marxista encontra-se a divisão de estrutura e superestrutura, aquela determinante e atuante em toda relação e essa última determinada pela primeira. A estrutura seria o conjunto de forças econômicas agindo constantemente e para Karl Marx a transformação deveria ser feita nela e assim afetaria todo o sistema. A superestrutura englobaria desde o Estado até as relações religiosas, de cunho jurídico, social e cultural. É importante ressaltar que o controle do poder político deve ser tomado pela elite do proletariado como forma de alterar o substrato econômico.

O slogan político "Trabalhadores de todo o mundo, uni-vos!", um dos mais famosos gritos de protesto do socialismo, vem do Manifestto Comunista, de Marx e Engels. A real tradução é normalmente tida como "Proletários de todos os países, uni-vos!". É algumas vezes estendida para "Trabalhadores do mundo, uni-vos, vós não tendes nada a perder a não ser vossos grilhões", misturando as três últimas frases do Manifesto Comunista. A máxima socialista foi adotada como lema da então União das Repúblicas Socialistas Soviéticas, dissolvida no começo da década de 1990.


Guilherme Campos de Moraes

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