sábado, 26 de março de 2011

A Razão como Luz da Ciência

René Descartes, em sua grande obra, O Discurso do Método, estabeleceu parâmetros para a investigação cientifica que influenciaram pesquisadores das mais variadas épocas e lugares. Em seu livro é possível distinguir os três pilares fundamentais em que se assentaram o seu método de investigação cientifica: a dúvida, o uso da razão e a crença na criação, por Deus, do universo, do homem e do conhecimento.

Para Descartes a dúvida tinha papel fundamental na criação cientifica, pois através dela podem-se eliminar eventuais equívocos e erros, além de colocar em xeque mitos, tradições e costumes que em nada contribuem para a construção do verdadeiro conhecimento, mas podem gerar falácias que não devem ser consideradas pela ciência, pois a através dela deve-se chegar apenas à verdade e nada mais.

A Razão é a única forma para se chegar ao verdadeiro conhecimento na medida em que por ela é possível distinguir o verdadeiro do falso, analisas experiências e chegar a conclusões verdadeiras sobre os varias fenômenos da natureza. Dessa forma Descarte acreditava que a através da racionalização a ciência poderia construir as suas contribuições para a sociedade.

Deus, segundo Descartes, era o criador de tudo, pois para a criação da natureza, que é perfeita, e do homem, que é dotado da razão, é necessário a existência de um ser superior, criador de tudo. Se através da máxima “eu penso, logo existo” pode-se chegar à conclusão da existência do homem, e através da razão pode-se provar a existência das leis da natureza e, portanto, dela própria, conclui-se que Deus existe. Porém como não se pode comprovar que o ato da criação em si foi feito por Deus, a crença em sua existência continua tendo por fim ultimo a fé.

Assim, podemos concluir que Descartes fez uma contribuição de suma importância para a ciência ao descrever os métodos que essa deve usar para as suas investigações. Devemos, portanto, tirar proveito dos seus ensinamentos e nos guiar pela Razão e sempre duvidar daquilo que não se pôde comprovar, dessa forma nós poderemos, assim como Descartes, contribuir para a evolução da ciência e, consequentemente, da humanidade.

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