René Descartes é tido por muitos como o pai do Racionalismo e da Filosofia Moderna. Também matemático e físico, viveu numa época em que a fé era a base do conhecimento. Não satisfeito e descrente com a educação da época, desenvolveu um método próprio para se chegar às verdades que procurava. Partindo do princípio de que pela dúvida se alcançaria o conhecimento, através da razão, desenvolveu estudos em diversos campos que julgava essenciais à vida do homem.
Em seu Discurso do Método, René Descartes vai demonstrando como ia utilizando de forma prática e objetiva (matemática) o seu modo de buscar o conhecimento, através do raciocínio dedutivo. Partiu das dúvidas iniciais sobre a existência do homem e depois, de Deus. "Penso, logo existo" é uma frase célebre de seu trabalho. Marcou de maneira decisiva o caminho que a Ciência adotaria após sua morte.
Em seu trabalho é importante notar que apesar da constatação do homem como corpo e espírito, ele descarta o uso da emoção na concepção do conhecimento. Além disso, o seu método pode ser tido como oposto ao Empirismo, defendido por seu contemporâneo Francis Bacon e que se baseia no raciocínio indutivo. Isso nos leva a perceber que seu método pode fracasssar diante de algumas situações cotidianas. Inclusive o próprio Descartes nos previne em sua obra de que o seu método não é um modelo, que pode ter falhas e isso acaba o eximindo de culpa.
Por fim, embora haja muitas correntes que discutem a produção de conhecimento, o Método ainda hoje é amplamente difundido por conter ricas ideias sobre o bom senso, por exemplo, e sua contribuição para o desenvolvimento da Ciência, a qual denominamos Moderna, é consagrada na História do Homem.
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