segunda-feira, 3 de abril de 2023

O positivismo e sua influência na atualidade.

Beatriz Furigo Benedito 
1°ano de Direito Noturno
RA: 231223919

     O positivismo, corrente filosófica e sociológica criada por Auguste Comte, na França do século XIX, derivou do pensamento iluminista e tem como ideal uma marcha de desenvolvimento contínua e progressiva, sendo "o amor por princípio, a ordem por base, e o progresso por fim". Nessa esfera, Comte molda uma teoria política positivista que perpetua até a atualidade.
     Em primeira análise, destaca-se a lei dos 3 Estados criada pelo filósofo e sociólogo, que classifica o Estado positivo como o último "nível" e o melhor de todos os Estados (Sendo eles o Estado Teológico e o Estado Metafísico). Assim, o Estado ideal para Auguste seria aquele que segue sua ordem social, ou seja, cada indivíduo possui uma função no todo para alcançar o progresso da sociedade, além de ser o último nível do conhecimento científico.
     Consonante a isso, os ideais positivistas chegaram à política brasileira, no início da Primeira República, e inspiraram diversas ações políticas, como a construção republicana no Brasil e a bandeira nacional ("ordem e progresso"). Com isso, até a atualidade o positivismo continua entranhado nas esferas políticas do país.
     No entanto, hoje em dia o positivismo é alvo de críticas, sendo ele um dos principais influenciadores de desigualdades e de governos autoritários e fascistas. Como exemplo, é possível citar as falas do ex-presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, que em época de pandemia da COVID-19 criticava o isolamento social, necessário para a contenção do vírus, e reivindicava pela reabertura dos comércios em nome do progresso e manutenção da economia. Dessa forma, o positivismo ampara pensamentos autocratas e elitistas na atualidade.
     Evidencia-se, pois, que o positivismo revolucionou o pensamento político da época e prosperou pelo tempo até os dias atuais, também influenciando a política globalizada e moderna. Entretanto, é nítido que seu uso não resulta em políticas públicas eficazes e inclusivas, pois seu caráter progressista acaba esmagando as pautas sociais e benéficas, realmente, para a população.

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