segunda-feira, 4 de julho de 2022

Heterogeneidade



Max Weber, em direção contrária à onda sociológica  voltada para a solidariedade e o contexto social, sugere ao estudo sociológico a compreensão do indivíduo como ser preponderante na formação do corpo social.
 Para se compreender a sociedade, apresenta-se imprescindivelmente a análise do contexto no qual o indivíduo está inserido. Ora, para a maior parte do corpo discente e docente da UNESP-FCHS, os valores reacionários do conservadorismo brasileiro contemporâneo são nauseosos, por representarem a manutenção da ordem social e econômica vigente. Da mesma forma, para a camada conservadora da sociedade, os progressistas universitários representam uma ameaça ao que há de bom convencionado pela sociedade.
Weber sugere a compreensão dos fatores que levam às mais variadas diferenças sociais como forma de desenvolver uma sociológica crítica e distinta de valores culturais em seu estudo. Além disso, o sociólogo sugere que  as relações sociais são a expressão da soma das ações sociais desenvolvidas por indivíduos, que buscam aceitação dos seus atos sociais.
O indivíduo age de acordo com os valores culturais em questão, escolhendo o que lhe convém, de acordo com as questões  que considera essenciais. 
Além disso, o filósofo caminha em via contrária aos que lhe precederam ao sugerir ao estudo sociológico um tipo ideal distante de idealismos utópicos. Para Weber, as diferentes expressões do real devem ser racionalizadas, de modo a organizar e retirar de rota de colisão as diferentes expressões dos indivíduos.
Por fim, em meios tão heterogêneos como os das distintas sociedades, o pensador desenvolve a ideia de poder, atribuindo-lhe o valor de capacidade de imposição da vontade sob outros, desenvolvendo uma dominação. Todavia, para o autor tal dominação deve ser legitimada, sendo essa a parte mais próxima do idealismo em sua teoria social.

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