segunda-feira, 13 de junho de 2022

Canção de fábricas

   Em uma análise crítica do materialismo dialético de Marx e Engels, quando colocada em contato com o período ditatorial brasileiro, foi realizada uma paródia da canção "Pra não dizer que não falei das flores" de Geraldo Vandré que sintetiza ambos contextos históricos e ideológicos:


Caminhando e trabalhando
E seguindo nessa mão
Seriamos todos iguais
Braços dados ou não
Nas escolas, nas ruas
Campos, construções
O materialismo regendo
E seguindo a intenção

Vem, vamos embora
Que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora
Não espera mais valer

Vem, vamos embora
Que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora
Não espera mais valer

Pelos campos há fome
Em grandes plantações
Pelas ruas marchando
Dominados pelo material
Ainda fazem da foice
Seu mais forte punhal
E acreditam nas flores
Vencendo o capital

Vem, vamos embora
Que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora
Não espera esquecer

Vem, vamos embora
Que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora
Não espera esquecer

Há homens enriquecidos
Amados ou não
Quase todos perdidos
Com notas nas mãos
Nas fábricas ensinam
Uma antiga lição
De morrer pelo capital
E viver sem razão

Vem, vamos embora
Que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora
Não espera acontecer

Vem, vamos embora
Que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora
Não espera acontecer

Nas escolas, nas ruas
Campos, construções
Somos todos proletariado
Armados ou não
Caminhando e cantando
E seguindo a revolução
Seremos todos iguais
Braços dados ou não

Os amores na mente
As foices no chão
A revolução na frente
A história na mão
Caminhando e traçando
E seguindo a união
Aprendendo e ensinando
Uma nova visão

Vem, vamos embora
Que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora
Não espera outros tomarem o poder

Vem, vamos embora
Que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora
Não espera outros tomarem o poder

Pedro Henrique Falaguasta Nishimura 
1° Ano Matutino Direito - 221223762

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