domingo, 22 de maio de 2022

O problemático futebol raiz e a dificuldade de alterá-lo

Abraham Maslow foi um psicólogo estadunidense que pesquisou sobre a necessidade de pertencimento em que o ser humano possui, adaptando inclusive suas atitudes para se adequar em determinado grupo social. Quando a pessoa não tenta adequar-se espontaneamente, há uma reação punitiva tentando “reestabelecer” a norma, como Durkheim diz, para evitar a anomia.

Diversamente é seguido um comportamento que não se mostra vantajoso em nenhuma situação, simplesmente por ser “tradição” ou pela coerção social. Um exemplo claro é a relação da torcida brasileira e a homofobia. É visível como o ambiente do futebol mostra-se pouco inclusivo, mesmo tendo parte dos torcedores inclusos em minorias, cantos homofóbicos são recorrentes em partidas e, seja em campanhas organizadas pelo próprio time, ou por manifestação contraria de torcedores o combate a esses acontecimentos é debochado por várias pessoas. O dia 17 de maio é reservado para combater a homofobia, transfobia e bifobia o que movimenta diversas campanhas, mesmo com as campanhas contra tais preconceitos já estejam mais difundidas, é possível observar comentários contrários as campanhas por causa da tradição, tendo a desculpa que “o futebol sempre foi assim”, partindo inclusive de quem diz defender os direitos humanos e as minorias.

Desse modo, pode-se observar como a ideia já estabelecida é dificilmente alterada e quando iniciam movimentos para a mudança a primeira reação é a repulsa, mesmo que racionalmente a mudança seja o melhor para uma convivência mais harmônica.

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