terça-feira, 5 de abril de 2022

 

 

Em uma sociedade historicamente marcada pela ignorância e pelo negacionismo, uma visão do mundo pautada na experiência e, principalmente, na razão faz- se extremamente necessária para superar tais problemas e evoluir o modo humano de pensar. Assim, o filósofo francês René Descartes pensou em um método pautado na dúvida (pois ela gera o raciocínio necessário para o desenvolvimento do pensamento pessoal e a resolução de problemas) para explorar a racionalidade humana, deixando a experiência em um segundo plano, visto que as realidades pessoais são individuais e não coletivas, ou seja, não há como generalizar as vivências e visões de mundo da coletividade. Ademais, por ter vivido no período medieval, Descartes crê que Deus tenha um papel importante na busca humana pelo conhecimento, uma vez que Ele garante e autoriza toda essa busca.

Já o filósofo inglês Francis Bacon baseava-se no empirismo, ou seja, acreditava na experiência como principal aspecto da busca pela racionalidade humana. Para ele, o conhecimento empírico do homem permite que o mesmo se antecipe à natureza (ao retirar a roupa do varal ao notar que o tempo chuvoso está prestes a começar, por exemplo) e consiga controlá-la (criando métodos de plantio mais eficazes, por exemplo). Ademais, o conhecimento empírico é democrático e acessível, visto que todos, independentemente de qualquer distinção, o possui, desse modo, todos podem alcançar a racionalidade e usufruí-la.

Diante do exposto, conclui-se que René Descartes e Francis Bacon possuíam diferentes pensamentos sobre o saber empírico, para este, ele é essencial, para aquele, nem tanto. Porém, o importante a se notar é a busca constante dos dois filósofos pelo racionalismo, independentemente do método utilizado para tal. Assim, ambos se complementam em prol de um objetivo em comum: desenvolver a racionalidade, o pensamento e o saber humano.

Guilherme Corazza Veloso, RA: 221220542 – Direito, Primeiro ano, Noturno

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