segunda-feira, 25 de abril de 2022

 Descartes e Bacon: pensadores atemporais


“Enquanto eles não se conscientizarem, não serão rebeldes autênticos e, enquanto não se rebelarem, não têm como se conscientizar.”


A citação retirada do livro “1984”, de George Orwell, expressa um conceito inserido dentro das bases epistemológicas da ciência moderna que nasce com o objetivo de ser guiado pela razão. Nesse contexto, inegavelmente os autores René Descartes e Francis Bacon se destacam por suas proposições científicas que se tornaram marcas no entendimento do mundo moderno. 

Para Descartes, a dúvida metódica seria a chave no desenvolvimento de uma ciência, tendo também a clareza como critério da verdade. Já Bacon, por sua vez, além de não enxergar grandes colaborações por parte da filosofia grega, propõe um método conhecido como “cura da mente”, isto é, a regulamentação da mente por mecanismos da experiência. 

No livro, Orwell introduz aos leitores um conceito conhecido como “duplipensar”, que trata-se da ideia de aceitar duas crenças contraditórias ao mesmo tempo, mas sem saber que ambas não se completam. Nos tempos modernos, acredito que existam muitos exemplos desse fenômeno, visto que algumas pessoas confiam na busca pela essência da razão, por meio das experiências vivenciadas.

Em suma, é interessante analisar como fragmentos de ambas visões, mesmo que divergentes em alguns tópicos, perpetuam em nossa sociedade atual. Uma das principais lições que devemos carregar conosco é a existência e a alimentação de nosso espírito curioso, que nos questiona as fontes dos conhecimentos adquiridos ou sobre a procedência da rede de comunicação que levará aquela informação a outras pessoas.


Sarah de Jesus Silva dos Santos 

1º ano - Direito (Matutino)

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