terça-feira, 29 de março de 2022

Século do extremismo político: o esquecimento das ideias de Bacon e Descartes

 

Século do extremismo político: o abandono das idéias de Bacon e Descartes 

TEMA: O extremismo político como fruto do esquecimento dos ensinamentos de Descartes e Bacon

Durante o século XXI, observou-se um aumento nas manifestações de cunho político tanto em ambientes virtuais como nas ruas, sendo essas manifestações divididas em dois grupos: um deles de carácter emancipatório e o outro de carácter opressivo. Entretanto, venho por meio desta análise dar ênfase apenas no extremismo presente nestas manifestações e a explicação para este fenômeno social através das teorias da construção do conhecimento científico apresentado por Francis Bacon e René Descartes.

O extremismo político presente em manifestações sociais e o indivíduo inserido nesse contexto possuem como característica marcante de seu perfil a convicção de que o conhecimento político, econômico e social obtido pelo grupo ou pelo indivíduo se define como a verdade absoluta, automaticamente o impedindo de receber críticas e posicionamentos opostos ao o que se encontra em discussão. Outro ponto referente ao perfil destes indivíduos e deste tipo de comportamento, se resume a sustentação das ideologias em questão em ídolos políticos de maneira quase religiosa, geralmente possuindo alguma influência de fato da religião na maneira como os preceitos ideológicos daquele grupo são escolhidos e na maneira como aquele ídolo político é visto pelo grupo ou indivíduo. 

 Em uma primeira análise, a partir da ótica de Descartes, destaco como o esquecimento ou a opção por ignorar o conceito de que o questionamento constante daquilo que consideramos verdade é um passo importante na busca pelo conhecimento verdadeiro, é a principal engrenagem na máquina do funcionamento do extremismo. Considerando também a intensa presença das sensações, característica humana considerada por Descartes como agente responsável pelo desvio do caminho do conhecimento verdadeiro e que deve ser abandonada pelo ser humano no processo de busca da verdade, no processo de obtenção do conhecimento quando se é permitido o lado não racional do ser humano e a falta de clareza interferirem nas decisões racionais.

Agora, a partir da ótica de Bacon, é de extrema importância salientar como a presença de ídolos nesse tipo de comportamento mostra a falta de clareza do grupo ou do indivíduo, pois, para Bacon, a presença de ídolos demonstra uma distorção da realidade por parte de seus seguidores, tendo a interferência das paixões e dos sentimentos como a responsável por essa distorção. Para Bacon, os sentidos não possuem competência para nos ajudar a distinguir o falso do real quando se trata da realidade, o que pode interferir na experiência empírica da formação do conhecimento.

 Nome: Pedro Henrique Cleis de Oliveira

Turma: Direito Matutino - 1° Ano 

           

 

 

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