segunda-feira, 6 de dezembro de 2021

A ineficácia do Poder Judiciário adjunto ao Poder Executivo no cenário atual

A atual crise global causada pela pandemia revela um padrão de crises econômicas, sociais, culturais e políticas que perduram nas sociedades e, no Brasil, revelam discurso de ausência de alternativas, além do descaso com os indivíduos que a compõe. Nesse viés, o autor Boaventura de Sousa Santos apresenta em seu livro “Para uma revolução democrática da Justiça” anecessidade de inclusão da democratização do Estado e da sociedade, a fim de superar tais instabilidades, por intermédio do Poder Judiciário, e somando com opinião da autora desse texto, adjunto também ao Poder Executivo.
 A grande questão a ser discutida é a falha da esfera do Judiciário nos últimos dois anos, que não foi capaz de cumprir sua função, sendo substituído, inclusive, pelo Executivo. Um caso específico para ser apresentado é a postura do atual Presidente da República, Jair Bolsonaro, perante a pandemia do COVID-19, na qual ele fez inúmeras declarações desrespeitando a morte de milhares de pessoas e sabotando as medidas de isolamento, devendo ser responsabilizado por suas falas, uma vez que é uma figura de grande notoriedade, e muitos indivíduos o escutam e acatam.
 Nesse viés, nota-se que a democratização do Estado e da sociedade não está sendo cumprida, pois de acordo com o Art. 5o da Constituição Federal de 1988 todos têm o direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, sendo todos eles desrespeitados pelo presidente. Vidas foram perdidas por suas declarações, a liberdade dos indivíduos foi negada, sem direito à igualdade por um decaimento do Sistema Público de Saúde, que também estava em superlotação e com falta de insumos, devido a incompetência do Ministro escolhido para essa área, a segurança e propriedade das pessoas foram negadas, uma vez que muitos se encontram em situação de rua em decorrência de demissões repentinas, causando mais fome, mortes e desigualdade social.
Conclui-se, portanto, que o caminho para uma sociedade mais justa e democrática, além da saída do Poder de Jair Bolsonaro, em 2022, é necessário também que o Poder Judiciário garanta e promova os direitos sociais, além de responsabilizar o presidente pelo mal que ele tem causado.

Marília Guidi Ganzella

RA: 201225051


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