quarta-feira, 8 de setembro de 2021

 O que se viu no dia 7 de setembro ?


O que se viu no dia 7 de setembro, dia este que comemora a independência de uma país extremamente dependente. Depende das classes poderosas, que manipulam o futuro de toda uma nação para garantir a manutenção de seu poder. Dependente da glorificação de um ‘’jeitinho brasileiro’’ que se instala na mente de todos, como sendo algo digno e necessário de se ter para ser um legítimo brasileiro.

O que se viu foi a usurpação da independência de pensar e de ser. Ameaçada por quem jurou defender o bem maior de todos - a liberdade proporcionada por uma democracia, onde os poderes convivem em harmonia visando o bem maior do país, independentemente de valores pessoais.

O que se viu no dia 7 de setembro foi a manifestação de indivíduos que compartilhando ideais antidemocráticos, ferem uma nação já maculada por desemprego, corrupção, fome e vários sintomas de falência múltipla de todos os órgãos responsáveis por assistirem os necessitados e garantir a livre manifestação de ideias.

O que se viu foi a representação de um coletivo identitário, insuflado por uma ação social afetiva e idólatra, construindo um maniqueísmo indigno de ‘’nós contra eles’’. Maniqueísmo esse que gera a cisão de toda uma nação, de familiares que foram espoliados de seu direito de discordarem democraticamente.

O que se viu no dia 7 de setembro não é a representação de todos os indivíduos brasileiros, mas sim de uma minoria barulhenta que serve de coro para um líder que tenta dominar um país de forma ilegítima, levando assim a uma  ruptura institucional e que consequentemente ameaça a todos, sejam eles vermelhos, verdes, azuis… 

Por fim, o que se viu naquele fatídico 7 de setembro de 2021 não foi o mesmo de 1822. Viu-se a vociferação de alguém que se acha o Messias na Terra e que por isso pensa que pode proclamar a alto e bom som a independência de suas responsabilidades perante toda a nação. Transduzindo, seus pensamentos e suas ações, teríamos em 22 a lamentável frase:  ‘’MINHA independência ou SUA morte’’.


GABRIEL BASTOS BORGES - 1º SEMESTRE / NOTURNO


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