domingo, 22 de agosto de 2021

O tempo de vida e o tempo de produção deveriam ser considerados um só?

Uma das grandes questões na atualidade, quando tratamos da perspectiva do trabalho, é o tempo de produção ter passado a ser o tempo da vida. Tal crítica já foi realizada através de uma análise da teoria materialista de Marx e Engels no mundo hodierno.

A problemática dessa temática envolve diversas esferas: o próprio indivíduo e as suas relações sociais, como amigos e família, por exemplo. Isso porque o universo capitalista obriga as pessoas a trabalharem incessantemente para que tenham condições básicas para uma vida digna. A partir disso, o tempo dedicado ao trabalho torna-se tão vital que as outras áreas da vida tornam-se esquecidas.

Essa lógica capitalista faz com que as pessoas se dediquem integralmente desde jovens para o trabalho, desde a dedicação aos estudos, para que no futuro possam ser trabalhadores dedicados, para servirem ao sistema, até ao caso dos inúmeros jovens que não conseguem finalizar seus estudos devido a necessidade de suprir as demandas básicas da casa.

Dessa forma, o trabalhador torna-se alienado ao trabalho e distante das outras esferas de sua vida que o faria se sentir melhor, como o contato com sua própria família. Um clássico exemplo é dos pais que trabalham o dia todo para garantir dignidade à sua família e acabam se tornando ausentes na vida de seus filhos, prejudicando os laços parentais.

Durante a pandemia do Coronavírus essas questões foram evidenciadas, já que as famílias foram, em sua maioria, obrigadas a passar muito tempo juntas, de forma que as desavenças e as consequências dessa vida corrida e turbulenta que a sociedade capitalista nos obriga a enfrentar foram colocadas em destaque.


Bruna Pereira Aguirre - 1º ano Direito Matutino


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