segunda-feira, 7 de setembro de 2020

A ação social e a política neopentecostal

 No século XX Max Weber, aduz uma nova campo de visão para uma analise sociológica, essa com um ponto de vista diferente do que era conhecido pelos seus antecessores, uma vez que seu estudo não era apenas sobre o capital, mas também colocava como um fato a religião, no caso o protestantismo. Sua teoria da ação social retrata o que move as pessoas, sendo assim, colocando em evidencia os motivos pelo qual os indivíduos realizam determinadas ações, sendo elas objetiva, tradicional ou racional.

Desse modo, Max coloca algumas subdivisões das ações sociais, sendo dividido por racional com relação afins, essa que tem algo estritamente calculado, pensando apenas no seu objetivo final, independente do que ocorra. entretanto também é exposta a ação social racional de valores, essa sendo uma das principais razoes de conflitos religiosos, extremismos e outros fatores que geram conflitos sociais, já que essa tem como motivação a religião, aspectos éticos, e políticos. Nesse âmbito essa motivação com valores parece até um retrato do discurso neopentescostal, dado que suas razões são carregadas da suposta ética e moral religiosa, movida pelos valores de sua igreja e com um forte caráter político, sendo o um dos pontos que pode explicar o criou, infelizmente, o bolsonarismo.

Weber também colocava mais dois tipos de ação social, mas essas irracionais sendo a afetiva, motivadas por sentimentos passionais, como o amor, a raiva, o ciúme, mas essas razões são intrínsecas do ser humano, as quais são carregadas conosco desde o nascimento. E por ultimo a ação tradicional, essa criada a partir do nosso aprendizado e espaço em que vivemos, já que ela é motivada pelos nossos costumes e tradições.

Por final, as teorias de Weber podem parecer velhas, entretanto, retrata de uma forma muito embasada e concreta o que estamos vivenciando, com a ascensão de representantes que estão totalmente motivados pelos seus interesses racionais, entretanto com uma forte relação de valores, mas que não são valores coletivos e sim de um pequeno grupo que quer suprimir outros que possuem motivações sociais diferentes, sejam elas políticas, religiosas ou morais.

João Henrique Parreira – Direito Matutino

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