segunda-feira, 27 de julho de 2020


Com a crise do século XVIII na Europa, a quebra com o antigo regime e as mudanças nas relações devido a revolução francesa, ocorreu o surgimento do positivismo. Essa teoria elaborada por Auguste Comte teve como finalidade a explicação dos fenômenos sociais, esses que antes eram vistos apenas de forma teológica, passaram a ser analisados a partir de um novo ponto de vista. Sendo assim, a sociedade passa a ser vista por Comte com um panorama positivo, agora pensando nas relações sociais de modo metodológico, sendo explicado como a física social.
O surgimento desse novo método de análise visava explicar os fatos com um cunho sociológico e não apenas filosófico, tendo como base de estudos os problemas enfrentados na sociedade, buscando uma explicação para alguns problemas, como por exemplo, a fome, a desigualdade, entre outros. Esses fatos já não eram mais aceitos por Comte como um castigo de Deus, mas sim como uma problemática a ser explicada, visando o desenvolvimento e progresso.
Assim o desenvolvimento da teoria positiva ganhou proporções não apenas na Europa, mas em todo o mundo ocidental, sendo um exemplo desse movimento a República brasileira com o lema “’ordem e progresso”. O surgimento do método gerou um grande desenvolvimento na época, visto que se pautava em provas concretas e valorização do conhecimento científico, o que gerou um grande desenvolvimento para a época. Entretanto o positivismo não engendrou apenas a evolução, mas também dificuldades, com o desenvolvimento de regimes autoritários que se pautavam no positivismo.
Nesse âmbito, mesmo com pontos negativos a ideia da física social tem como base a valorização da cientificidade das coisas, uma vez que busca solucionar problemas sócias com fatos, o que foi de grande valor para o desenvolvimento intelectual ocidental. Apesar da teoria positiva de Comte ter sido desenvolvida há três séculos, o que vemos no Brasil hoje é de forma explicita o atraso, visto que mesmo depois de tanto tempo, em situações como atual (pandemia) encontramos uma liderança nada cientifica, e tomada de ideias Olavistas e esdrúxulas, não embasadas e refutadas

João Henrique Parreira – Matutino


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