domingo, 15 de março de 2020

O nascimento de uma nova ciência


O domínio das ciências é fundamentado principalmente no pensamento cartesiano e baconiano, ou seja, isolar para entender, pensar o mundo como uma máquina, como algo a se fazer uso o qual pode ser separado em peças. Em decorrência disso, desenvolve-se uma sociedade com alto nível de especificação, e junto dela suas consequências.
Criar uma sociedade hiper especializada suprime a interdisciplinaridade e desenvolve barreiras na compreensão de novas perspectivas. É através da interdisciplinaridade que se alcança maior abrangência conceitual que permite transitar para além dos espaços acadêmicos, além de instruir o indivíduo a “aprender a aprender”, para que se posicione de forma crítica diante das informações, sociedade e do mundo.
O filme “Ponto de Mutação” do diretor Bernt Capra apresenta a teoria dos sistemas, que contesta os princípios apresentados por Bacon e Descartes. Entretanto, não se pode afirmar que as teorias de ambos são falhas, mas que a perspectiva cartesiana se esgota, pois possui limitações próprias que só podem ser superadas por uma nova perspectiva de pensamento. De acordo com a obra “O pensar complexo: Edgar Morin e a crise da modernidade” de Elimar Pinheiro do Nascimento “O problema não é reduzir nem separar, mas diferenciar e juntar. O problema chave é de um pensamento que una”, nesse caso, o novo ao velho, a razão mecânica ao sistema e a contextualização.
Portanto, é indispensável que haja uma reforma de pensamento pois ela é capaz de oferecer um pensamento mais orgânico, assim como afirma a personagem Sonia, além de compreender as conexões e não apenas o problema individualmente consequentemente estabelecendo uma ciência que escapa da zona de conforto e de processos pré-estabelecidos que são reproduzidos e nunca questionados.

Vitoria Talarico de Aguiar – 1º ano diurno

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