sábado, 7 de março de 2020

Bases da ciência moderna e suas aplicações na atualidade



            Teóricos importantíssimos da ciência moderna, René Descartes e Francis Bacon publicaram estudos que revolucionaram a realidade das sociedades da época e que até hoje ditam bases de importantes instituições ou são ainda aplicáveis no estudo da sociologia.
          O método cartesiano, por exemplo, é ainda parte essencial do projeto pedagógico de escolas, principalmente nos cursos pré-vestibular. Esse método é aplicado por professores e posto como ideal no estudo das matérias cobradas nas provas de vestibular no país. Entretanto, características do modelo cartesiano de aprendizado como a expressiva divisão e ausência de interconexão entre os conteúdos e a revisão frequente dos pontos estudados podem não ser benéficas para o efetivo aprendizado dos estudantes. O método cartesiano é, para muitos, uma maneira fácil e prática de se absorver informações, mas, para outros, pode parecer uma forma pouco proveitosa de se estudar, devido à ausência de autonomia e experimentação na construção do conhecimento, elementos estes que confeririam maior verossimilhança ao conteúdo e consequente maior absorção do mesmo pelos alunos que necessitam de uma aplicabilidade da matéria para compreendê-la de todo. Isso faz com que as escolas e cursos pré-vestibular sejam, de certa forma, excludentes ao não variarem o método de ensino ou não disponibilizarem outras opções de projetos pedagógicos, considerando a diversidade de modelos de aprendizado entre os alunos.
         A filosofia baconiana, por sua vez, está presente na realidade principalmente quando levamos em consideração a questão dos ídolos. Estes se expressam na influência que a vida pregressa de alguém e suas experiências possuem acerca da visão de mundo dessa pessoa, fazendo com que seus ideais, valores, opiniões e atitudes dependam do que ela teve ao longo da vida como educação, religião, estruturação familiar e vivência. As consequências disso são distorções da realidade de cada indivíduo, uma vez que os ídolos, por mais diversos que sejam, representam limites à interpretação da vida. Atuam como filtros ou "lentes" na análise social e dos acontecimentos, visto que ditam sob qual espectro o indivíduo age e influenciam diretamente sua leitura do universo

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