domingo, 26 de maio de 2019


Ao longo da história sempre existiu alguém que detivesse os meios de produção e quem não, quem mandava e quem era mandado. Para Karl Marx, o motor da história é a luta de classes. Ao contrário da dialética histórica, teorizada por Hegel, Marx defende que, na verdade, são as relações de produção que fazem as ideias mudarem.
Em suas obras ele também expõe que o regime capitalista de produção explora o operário, é uma forma de apropriação de um trabalho não pago, e que a mais-valia é o principal mecanismo de exploração dessa classe trabalhadora. É uma quantidade cada vez maior de capital acumulado em mãos das classes possuidoras. Uma luta de classes entre o proletariado e a burguesia. Com isso Marx demonstra a necessidade da queda do capitalismo.
Atualmente ainda vivemos em um mundo capitalista, onde as pessoas desejam uma mobilidade ascendente e onde o mercado busca trabalhadores flexíveis, que se adaptem rápido e que corram riscos. No livro A corrosão do caráter, de Richard Sennett, fica explicitado como realmente é a vida dessas pessoas e os impactos que esse capitalismo flexível traz para suas vidas pessoais. As mudanças de casa e trocas de trabalho são frequentes, a vida emocional e o caráter são abalados e as relações familiares colocadas em segundo plano. As pessoas perdem o controle de suas vidas, se afogam em uma rotina de cobranças e de pressões.
É evidente que a flexibilização do capitalismo é uma nova forma de opressão. Fica impossível buscar metas a longo prazo em uma economia dedicada ao curto prazo, onde a sociedade preza principalmente pelo imediatismo.


Beatriz Cristina Silva Costa - Direito Noturno

Nenhum comentário:

Postar um comentário