quinta-feira, 28 de março de 2019

Os impactos sociais do racismo.


Com as tirinhas de Alexandre Beck, é possível levantar reflexões sobre a realidade em que vive a população negra brasileira, percebe-se que os afrodescendentes são alvo da sociedade até mesmo quando crianças, sendo vítimas da desigualdade e preconceito racial, e assim gerando nelas diferença nos pensamentos e modo de agir, apenas pelo fato de possuírem a pele negra, e, e essas características são levadas até suas fases adultas.
Com o vínculo retratado entre Armandinho e Camilo, crianças que possuem etnias diferentes, é possível contrastar as realidades, as ações e pensamentos pelo simples fato delas possuírem tons de pele diferente. através do quadrinho torna-se ainda mais indubitável que o preconceito carrega consigo uma forte ignorância e irracionalidade, a partir do momento em que uma criança inofensiva é tratada de maneira diferente que seu amigo branco Armandinho,  e assim obrigando Camilo a ter um comportamento mais regrado e mais cuidadoso, já que o policial (que pode ser visto como um representante de uma sociedade racista) o vê com uma visão negativa, carregada de preconceitos, sendo assim necessário que ele precise de mais artimanhas para conseguir comprovar que é um pequeno cidadão de bem. Ademais, as ações tomadas por Camilo perante o guarda retrata o desamparo dessa criança, visto que esse policial, que tem função de proteger todos os cidadãos, proporciona medo em Camilo e também perpetua o racismo social.
A reflexão que pode ser levantada perante esses quadrinhos, é que há uma inversão de medidas sociais, pois a população replica cotidianamente seu preconceito racial, sendo ele de maneira implícita ou explicita, e cabe a população negra a aprender a lidar, combater e viver socialmente com tal situação, enquanto o erro está na própria dinâmica da sociedade que não muda seus ideais e condutas preconceituosas. Além disso, tendo em vista que ninguém nasce com noção do que é preconceito e como lidar com ele, por meio de Camilo, é perceptível que deve-se explicar para crianças negras de como lidar com tal preconceito, apresentando assim um problema, já que as crianças não sabem interpretar assuntos tão complexos como esse, e assim gerando o risco de que as características, cultura e história negra seja repassada de modo comprometedor e errôneo, e assim marginalizando mais uma vez a população negra.
Desse modo, o método para obter mais conhecimento dos filósofos Francis Bacon e Renê Descartes, pode servir como modelo para combater de maneira mais eficiente a estrutura racista da sociedade brasileira, extinguindo gradualmente o preconceito racial. Portanto, as medidas necessárias nesse método, que vai contra a desigualdade racial é: ensinar a criança sobre as belezas da cultura negra, e mostrar-lhes que não há coerência alguma nas ideias de preconceito racial, e assim as emponderando  e gerando maior conscientização,  fazendo que elas levem essa postura de respeitar diferentes etnias até a vida adulta; ensinar nas escolas a história da África e dos afro brasileiros, mas não só pelo prisma da escravidão, mas também da grandeza e riqueza da histórica e cultural desses povos; e por fim, punir mais severamente aqueles que cometeram o preconceito racial. Contudo, é importante que o conhecimento obtido através da convivência com diferentes humanos elaborado por Renê descartes, e o empirismo de Francis Bacon, sirvam como modelo para tal método anti rascismo, para que o lado humano seja alavanca para compaixão e racionalidade, e que tal método seja realmente colocado em pratica.



Lívia Ribeiro Cunha                     
direito noturno

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