segunda-feira, 28 de maio de 2018

Cotas uma compensação por máculas do passado

       No panorama social brasileiro é possível a observação de que cerca de 53 por cento da população se declara negra segundo dados do IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística –, mas a representatividade entre os mais ricos é bem ínfima, além de no inicio do século a representatividade de pretos e pardos nas universidades não chegava a 11 por cento segundo este mesmo instituto. Demonstrando com isso grande desigualdade em relação aos brancos. Em tais circunstâncias a UNB (Universidade de Brasília) propõe um sistema de cotas raciais.
    O Brasil mesmo após a abolição assinada ainda no período imperial não deteve de políticas direcionadas a integração dos escravos e seus descendentes, deixando-os a mercê de uma situação social problemática onde muitos dos libertos foram morar nas periferias das cidades, com dificuldades de acesso a empregos, gerando com isso uma parcela populacional sem perspectiva de ascensão, criando um dos países mais desiguais do mundo onde certa parte da população – em sua maioria branca – acumula capital e uma maior parcela detém de uma realidade totalmente diferente.
       A UNB adotou no ano de 2003 a política de votas raciais, tendo como algumas das justificativas o baixo índices de estudantes negro no ensino superior brasileiro, além da questão negra ser colocada de lado no mundo acadêmico e na sociedade em geral, sendo as cotas raciais um método de correção de erros cometidos no passado na falta de inserção dos escravos após o término do regime da escravidão e permitir que dados como 14 dos 3464 professores da Unicamp( Universidade Estadual de Campinas) se autodeclararem negros não apareçam na realidade do universo acadêmico nacional.
       Sendo que a judicialização praticada pelo Democratas gerou de frutos positivos a sociedade com uma decisão que protegeu ações afirmativa como essa que defendem princípios como a busca por erradicar a pobreza e as desigualdades sociais como defende a constituição vigente no Brasil dando o direito de jovens negros lutarem contra a pobreza imposta pela macula da escravidão – que sequestrou pessoas de suas famílias e tribos privando-os de liberdade e os jogando no cárcere das senzalas – e suas consequências.

Nilton Cesar Carneiro Junior Diurno Turma XXXV


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