segunda-feira, 16 de abril de 2018


            A tecnologia e a luta de classes



         Para Karl Marx “a história de todas as sociedades que já existiram é a história da luta de classes”. Com isso, Marx caracteriza a história da humanidade como uma constante luta entre a classe opressora e a oprimida, cujo resultado sempre leva à uma reação revolucionária ou a ruína das classes. Sendo assim, para o pensador, o capitalismo surgiu de tal modo, quando a ascensão da classe burguesa determinou o colapso da sociedade feudal, criando novas classes sociais. Porém, tal cenário criou novas relações de dominância e opressão, e aprofundou a disparidade entre as classes.
         Com a riqueza concentrada na burguesia, tal classe ganhou muita força e rapidamente espalhou sua influência mundialmente, revolucionando e aperfeiçoando os meios de produção e, cada vez mais, ignorando os direitos do proletariado, abusando da força trabalhista dessa classe, olhando para ela como um instrumento para a produção industrial.
         Felizmente, tal abuso não foi aceito pacificamente e foi motivo de diversas revoltas e manifestações internacionais, como, por exemplo, a revolução russa de 1917 inspirada nos ideais socialistas. Tais manifestações impulsionaram, também, o advento de leis trabalhistas buscando proteger o trabalhador e garantir mais direitos para o mesmo, regulamentando horas de trabalho, salários e férias.
         Atualmente, com a terceira revolução industrial e o impulso tecnológico, o acesso à informação se tornou muito mais fácil e deixou de estar contido apenas para a classe dominante. Sendo assim, a ascensão econômica e social das classes oprimidas nunca foi tão possível, o que contribui muito para a superação da desigualdade das classes e dá mais poder para as classes dominadas. E, desse modo, contribuindo para um possível rompimento do processo histórico da luta de classes.



                  Alexandre Alves Della Coletta – Turma XXXV – Diurno

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