O indivíduo é dotado de valores incrustados desde o nascimento, que tentam aproximá-lo forçadamente do ideal de bom cidadão, um modelo a ser seguido nessa passarela que é a vida em todos os aspectos, ditada por valores milenares. Não há como fugir dessas imposições, que submetem a todos os indivíduos, marginalizando aqueles que não seguem os padrões.
Quando crianças, já nos perguntam: “O que você quer ser quando crescer?”, condicionando o ato do trabalho gradualmente em nossas vidas, onde o "fazer algo" sustenta o sistema. Dessa maneira, cotidianamente observamos casos de adolescentes que apresentam quadro depressivo e procuram remédios destruidores (tarja preta), por simplesmente não responderem ao que parece ser, supostamente, uma simples questão. Recebendo diariamente pressão do meio, que exige uma afirmação e não uma dúvida, quanto a função, julgada tão importante, que a pessoa exercerá na sociedade.
“Tempo é Dinheiro”. Somos administrados pela Ação Social Irracional do Capital; acordamos trabalhamos, retornamos às nossas casas e por fim, a rotina está pronta para se repetir. “Pulando” de um trem a ônibus, empurrados por multidões, finalmente chegamos ao nosso confinamento diário, para produzirmos algo que não podemos comprar; mas que vira uma presa a ser perseguida como objetivo/sonho, apetecendo os olhos do proletariado para que nunca parem, como se este estivesse em uma roda de camundongos.
Bons Costumes: “quais são?”, “enxergam eles o ser humano a ser representado por um caráter atemporal?”. Nossas inter relações são construídas sobre eles, mesmo que não os tenhamos escolhido como princípios norteadores. Casais homoafetivos, que racionalmente deveriam ser respeitados e ter seus direitos assegurados, têm em contrapartida, sua existência deixada a sorte da cultura e de tradicionalismos cristalizados. No Brasil, verbi gratia, foi aprovada lei que torna a homoafetividade patologia, passível de tratamento psicológico legal.
Desses juízos de valor que regem as relações humanas, por óbvia legitimidade entregada sem o real consentimento da população, desde a ética do trabalho até a questão LGBT, o povo deve lutar para que o sistema de indivíduos ou ideais de vidas perfeitas do Tipo Ideal, de prevalência hierárquica, seja quebrado. Como Sociedade que se diz moderna, temos a obrigação de parar a esteira de produção das relações embaladas, prontas e imutáveis.
Nome:Fabrício Eduardo Martins Soares, 1 ano Direito NOTURNO