sexta-feira, 22 de setembro de 2017

Rerfoma Capital Social


O século XVI marcou-se, majoritariamente, pela reforma protestante.  Deu-se aí, junto com a propagação de uma nova doutrina religiosa e a decadência do feudalismo no século XV, a disseminação do instinto acumulador de capital e de consumo. O ideal protestante estava intrinsecamente relacionado com essa forma de capitalismo da época. O trabalho se dava como algo inerente ao homem e o capitalismo apenas uma consequência da ética protestante que faria com que os homens alcançassem a salvação eterna.
A influência desse ideal protestante no mundo ocidental faz com que as nações sejam embasadas nesse modo de vida, as instituições tornam-se reflexo disso, o direito acaba por ter a função de legitimar a doutrina e legalizar o que seria chamado por Max Weber de uma espécie de dominação legal na sociedade. As ações individuais são ponderadas a partir deste raciocínio dominante, chamado por, também, Weber, isto é, de ação social; quando os indivíduos são influenciados a agir em um molde comum.
Ademais, na atualidade, vê-se a burocracia como um instrumento de legitimação interligado ao direito, uma vez que os meios contratuais burocráticos que regem a sociedade são determinados pelo direito, que por sua vez é determinado pelo pensamento capitalista. Contratos de aluguel, de compra e venda, entre outros, ao serem ratificados garantem ao dono o lucro de seu desejo.
O pressuposto de ação social, de Weber, é visto na atualidade nos meios de consumo. Comprar algo que esteja em ascensão, bem como atualizar o modelo de iphone, comprar um novo modelo de tênis, ou seja, sempre se atualizar nas formas de consumo. O capitalismo interligado ao movimento protestante que predomina o mundo ocidental é responsável por isso.

Pode-se, ainda, ver de forma análoga ao conceito de ação social, a indústria cultural. Os meios midiáticos, repassam todo o espirito consumista aos indivíduos. A busca do meio social de estar sempre atualizado nas formas de consumo revela a influência que o pensamento protestante originado no século XVI que se atrela ao espirito capitalista e rege os modos de consumo da atualidade. A cultura, que é o meio próprio do homem de produzir algo novo, encontra-se delimitada a tais pressupostos citados. O predomínio do pensamento capitalista burguês que se fundou em uma doutrina religiosa faz-se ainda atual.
Pedro Henrique Lourenço Pereira - Direito 1º ano - Matutino 

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