domingo, 10 de setembro de 2017

Minorias são o novo “preto”’

Vive-se uma sociedade em que ativismo social na mídia se tornou rentável, uma maneira que a burguesia encontrou de manipular as massas para manter o seu status quo e como previsto no manifesto comunista, os grandes industriais modelam um novo meio de família tradicional para lucrar em cima disso, a partir dos desejos de movimentos sociais e assim abafar o quê realmente ocorre na exploração do mercado sobre o proletariado.
            Trazendo visibilidade a temas como os de gênero, pautas LGBT+ e raciais, mas essa visibilidade só ampliou o mercado consumidor que versa Marx em sua obra, houve a saturação de certos padrões de beleza eurocêntricos que inflaram o mercado mundial, fazendo com que houvesse a necessidade de expandir para novos mercados, no caso o das minorias, apesar da visibilidade nestes ambientes serem de extrema importância no combate a ignorância contra tais assuntos,  estas propagandas e produtos ainda assim não são acessíveis a uma grande parte da mão de obra que constrói esse mercado.
            E temas de cunho social deveriam ser pautas do Estado para regular e educar a população como detentor do poder Supremo junto a lei, mas por conta do sistema atual em que os Estados vivem, o Mercado e o Estado tornaram-se intrínsecos, fazendo com que uma tonelada de pessoas batam palmas para indústrias que possuem maior renda que o continente africano e mesmo assim não consigam adquirir tais produtos por conta da desigualdade salarial daqueles que os empregam, junto a uma conivência silenciosa do Estado sobre os abusos os quais este participa.
            Uma constante busca pelo sonho americano de liberdade e consumo, bombardeados de forma sonora e visual, incluindo a pressão social que acabou-se criando nas sociedades modernas por conta dessa cultura comercial que é implantada nas mentes mais jovens, novamente a obra O Manifesto Comunista trata de como a cultura de determinada localidade é utilizada como meio de alienação e consumo, como se fazem hodiernamente discussões sobre a cultura negra, comercializando cremes para cabelos crespos e cacheados, venda de lenços para turbantes e roupas com estampas tribais. Esta exploração cultural não é para exaltar os negros e seu legado, mas apropriar-se deste movimento, expandi-lo, vende-lo e satura-lo, esvaziando toda a sua carga cultural e tornando-o mais um produto fútil e adestrando o povo como verdadeiro gado.
            Como foi feito com o movimento hippie nos anos 70, este grupo que pregava a liberdade sexual, amor a natureza e aos seres, um verdadeiro contraponto a política opressora americana que guerreava contra o vietnã, utilizavam de bandanas e festivais para propagar seus ensinamentos de forma sútil e compromissada com os ideais. Entretanto, após alguns anos, o movimento político foi reduzido a festivais de músicas caríssimos, bandanas que são propagandeadas em videoclipes para adolescentes, e todo aquele amor a natureza foi transofrmado em roupas que utilizam de couro animal e petróleo, não passando de um câncer, uma hipocrisia ambulante que se paga muito, para ter um look vintage e na moda.
            Exatamente por estes fatores que na obra o autor verifica a inevitabilidade das crises no sistema capitalista-burguês e gera constantemente a irritabilidade do operário, pois sua cultura é amassada, usada, cuspida e reduzida, enquanto que suas vidas não saem da lama social em que são cada vez mais puxados para baixo por meio de dívidas e hipotecas para manter a busca pelo sonho americano e padrões de primeiro mundo, isso se acumula e implode numa luta entre classes que se torna futuramente no comunismo após a ditadura do proletariado.



 Alexandra de Souza Garcia 1° Direito/noturno

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